
De Jane Eyre (1847) a Vasto Mar de Sargaços (1966)
2023; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português
10.30620/pdi.v13n1.p319
ISSN2237-9681
AutoresGiovane Alves de Souza, Auricélio Soares Fernandes,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO advento da crítica colonial, após a segunda metade do século XX, trouxe à tona outras maneiras de se ler o mundo, evidenciando como mecanismos discursivos de construção identitária reforçam, comumente, relações de poder estabelecidas a partir do colonialismo e que se sustentam até a atualidade. Com base nisso, buscamos, neste artigo, investigar a maneira como ocorreu a construção identitária da personagem Bertha Mason Rochester, no romance Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë, e como, em resposta ao feminismo imperialista da autora, Jean Rhys reescreveu a história da mesma personagem em Vasto mar de sargaços (1966) sob outra perspectiva, dando voz à uma mulher caribenha silenciada na trama anterior. Para tal, tomamos como aportes as considerações de Spivak (1985), Gilbert e Gubar (2000), Woodward (2014), Bacellar (2020), dentre outros(as). Nosso estudo considera que a literatura, sob uma ótica pós-colonial, questiona o discurso opressivo que perpassa a representação de culturas latino-americanas e caribenhas, possibilitando a emersão de outras maneiras de se ver o mundo, refutando estereótipos e quebrando silenciamentos. [Recebido em: 14 mar. 2023 – Aceito em: 10 jun. 2023]
Referência(s)