
Comparação do perfil sociodemográfico e clínico de indivíduos com dor neuropática de nociceptiva relacionada à hanseníase
2023; Associação Sergipana de Ciências; Volume: 19; Issue: 4 Linguagem: Português
10.14808/sci.plena.2023.047501
ISSN1808-2793
AutoresAlexrangel Henrique Cruz Santos, Amanda Francielle Santos, Thayane Santos Siqueira, Ariel Oliveira Celestino, Mariana do Rosário Souza, Beatriz Almeida Santos, José Rodrigo Santos Silva, Francisco Prado Reis, Vera Lúcia Corrêa Feitosa,
Tópico(s)Leprosy Research and Treatment
ResumoO presente estudo visou à comparação entre o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de indivíduos com dor relacionada à hanseníase e a verificação das queixas sobre a interferência da dor em atividades diárias. Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado em centros de referência do estado de Sergipe para o atendimento de hanseníase no período entre fevereiro e junho de 2019. 170 indivíduos foram entrevistados com a escala Neuropathic Pain Questionnaire DN4 e questionários de dados clínicos. Observou-se que a dor do tipo neuropática foi significativamente mais comum na faixa etária de 30-40 anos (38; 84,4%, p=0,022). Nos locais de dor o tipo mais prevalente foi a neuropática no braço (74; 73,3%), perna (86; 72,9%), pés (82; 69,5%), costas (21; 84,0%) e mão (72; 73,5%). Na comparação da intensidade, dor neuropática leve (12; 54,5%), moderada (43; 69,4%) e intensa (63; 74,1%); nociceptiva leve (10; 45,5%), moderada (19; 30,6%) e intensa (22; 25,9%). Ter outras enfermidades foi significativo maior no grupo de dor neuropática (80; 76,2%, p=0,039). A melhora da dor com medicação parcial (75; 68,2%) e total (18; 78,3%) foi maior em pacientes com dor neuropática, porém, a maioria alegou melhora parcial. Também, pessoas com dor neuropática [4,0(2,0); p=0,007] afirmaram mais prejuízo ao sono. Conclui-se que a dor neuropática é mais incidente em adultos, ter outras doenças foi um fator relevante na dor neuropática e que nesse tipo de dor as pessoas têm maior prejuízo ao sono. Além disso, o alívio da dor está sendo ineficaz.
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