
O manuscrito 512: a cidade perdida da Bahia
2023; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.46814/lajdv5n2-013
ISSN2674-9297
Autores Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoA pesquisa analisa, através da Filologia e por meio da Análise do Discurso de Linha Francesa; a edição crítica do manuscrito 512 que é um dos arquivos manuscritos da época do Brasil Colonialista, atualmente guardado no acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Este manuscrito é a base do mais famoso mito arqueológico nacional, “a cidade perdida da Bahia”, e sua importância dentro dos estudos filológicos e de mitos brasileiros é de extrema relevância. Tal documento apresenta caráter expedicionário, e consiste em um relato de um grupo de bandeirantes, embora sua autoria seja anônima, na busca das minas de prata de Muribeca, na qual ficaram dez anos vagando nos sertões da Bahia O documento que hoje traz o subtítulo de “Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiquissima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753”, narra o encontro destes bandeirantes com ruínas de uma cidade desconhecida até então, havendo uma similaridade de data e localização com a prescrita pelo bandeirante João da Silva Guimarães que percorrendo os desconhecidos sertões da Bahia entre 1752 e 1753, teria noticiado a descoberta das procuradas minas de prata de Robério Dias, justamente na região dos rios Paraguaçu e Una. Neste trabalho, apresentar-se-ão a edição do manuscrito setecentista e uma proposta de análise discursiva das condições de produção, da memória e do interdiscurso; a partir do trabalho filológico de fixar a materialidade do texto, seguido do estudo discursivo para trabalhar o sujeito e a história como elemento constitutivo do sentido.
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