Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Avaliação da abordagem endovascular em aneurismas intracranianos gigantes tratados com stents de fluxo vs embolização com micromolas

2023; Linguagem: Português

10.5102/pic.n0.2021.8927

ISSN

2595-4563

Autores

Clara Demeneck Pereira, Denis Carvalho Parry, Eduardo Waihrich, Bruno De Sousa Mendes Parente,

Tópico(s)

Cerebrovascular and Carotid Artery Diseases

Resumo

Os aneurismas intracranianos gigantes (AG), acima de 25 mm são raro subgrupo quegeralmente se apresentam com a clínica de efeito de massa. Normalmente observa-sediminuição da acuidade visual, neuralgias, disfunção da motricidade ocular, entre outros. Asopções terapêuticas incluem microcirurgia com trapping da artéria parental e as múltiplasestratégias endovasculares. Em decorrência da baixa frequência da doença, carecemevidências científicas que apontem a melhor estratégia tendo em vista diminuir o risco desangramentos e resolver os efeitos de massa. Dessa maneira, o estudo objetivou avaliar amelhora clínica de Aneurismas Intracranianos Gigantes com uso de técnicas reconstrutivasvasculares - uso de Stents de fluxo e embolização com micromolas, e das técnicas destrutivas- oclusão da artéria parental. Coorte retrospectiva com dados coletados do prontuário eentrevista de 28 pacientes. Os critérios avaliados foram: queixa principal, antecedentespessoais, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e colesterol, características angiográficasdo aneurisma, como tamanho e colo, e técnica cirúrgica. Os pacientes foram avaliados nopós-operatório e em consulta de retorno para análise da resolução do efeito de massa. Osaneurismas gigantes podem levar a déficits neurológicos importantes, em decorrência doefeito de massa, eventos isquêmicos ou hemorragias subaracnóideas. Dentre os sintomas,destacam-se a diminuição da acuidade visual, por compressão do nervo óptico, dor facialnos territórios do nervo trigêmeo, disfunção da motricidade ocular, síndrome defrontalização, pele efeito de massa sobre o lobo frontal, disfunção hipotalâmica, porcompressão direta sobre o hipotálamo, e hidrocefalia, por obstrução do fluxo liquórico. Aestratégia de tratamento é planejada de acordo com diversos fatores, como idade,comorbidades, tamanho, localização, morfologia, projeção do aneurisma, relaçãocolo-domus, características aneurismáticas, circulação colateral e a presença de ramosperfurantes na parede do saco aneurismático. Os Stents intracranianos de fluxo são cilindrosde fios metálicos trançados, com fenestrações diminutas, que ao serem implantadospossibilitam a passagem de sangue para os ramos penetrantes, evitando assim déficitsneurológicos, e bloqueiam a entrada de sangue no saco aneurismático, levando a trombosee redução do seu volume. Já a embolização com micromolas, outra técnica endovascular, érealizada por intermédio de cateteres inseridos à distância, posicionando-se dentro do sacoaneurismático, em que são introduzidos micromolas, preenchendo o seu interior e causandotrombose. Sua finalidade é ocluir total ou subtotal o interior do aneurisma, reduzindo o seurisco de ruptura e consequentemente de hemorragia cerebral. O estudo sugere que otratamento endovascular por Oclusão com Micromolas ou uso de Stent de Fluxo em AIGs navigência de um efeito de massa é viável e pode ser realizado com taxas de complicaçõesrelativamente baixas, com desfechos clínicos e radiográficos de longo prazo moderados

Referência(s)