Pirataria fluvial e a percepção espacial da violência – a geografia do medo no rio Solimões no Amazonas
2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 21; Issue: 8 Linguagem: Português
10.55905/oelv21n8-124
ISSN1696-8352
Autores Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoEste artigo visa contribuir para o entendimento dos impactos da pirataria fluvial nas populações das maiores cidades do Médio Solimões no Amazonas: Tefé, nó de rede da circulação na região há mais de dois séculos; e Coari, sede da produção de hidrocarbonetos na Província Petrolífera do Urucu gerida pela Petrobrás. As diferentes maneiras de enfrentar as repercussões da desigualdades sociais revela muitas vezes a incapacidade do Estado e da sociedade responder aos riscos e perigos que afligem a população. A hipótese de que a carência ou ineficiência dos elementos espaciais na região do Solimões provoca uma vulnerabilidade do território guia esse estudo. A metodologia se amparou na pesquisa bibliográfica e no trabalho de campo envolvendo entrevistas com moradores do lago urbano de Tefé e Coari bem como visitas institucionais no 3º Batalhão da Polícia Militar em Tefé, Batalhão Solimões; a Base Arpão em Coari; e a Delegacia Fluvial da Polícia Civil em Manaus. Esse estudo permite o entendimento dos diferentes comportamentos e perspectivas do uso marginal do território em espaços socialmente desorganizados; economicamente pobres; desprovidos de infraestruturas e instituições suficientes para promover segurança e qualidade de vida à sua população.
Referência(s)