Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Panorama do coprocessamento de resíduos industriais no estado do Rio Grande do Sul

2023; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.21674/2448-0479.92.94-103

ISSN

2448-0479

Autores

Emanuela Fin, Daiana Maffessoni, Ana Carolina Tramontina,

Tópico(s)

Sustainable Supply Chain Management

Resumo

Um dos grandes desafios das indústrias é a destinação final ambientalmente adequada e segura dos resíduos gerados nos processos produtivos. No estado do Rio Grande do Sul (RS), a Portaria nº 016/2010 da FEPAM proibiu a disposição de resíduos Classe I com características de inflamabilidade em aterros de resíduos classe I e centrais de recebimento e destinação de resíduos classe I. Uma alternativa viável e ambientalmente adequada para a destinação final desses resíduos e passivos ambientais é o coprocessamento em fornos de clínquer, através do aproveitamento energético quando utilizados como substitutos parciais dos combustíveis fósseis ou como matéria-prima. O objetivo desta pesquisa foi analisar o panorama de coprocessamento dos resíduos industriais no RS, no período de 2010 a 2020, com base nos dados obtidos pelo Sistema SIGECORS da FEPAM e das unidades de blendagem localizadas no estado, visando os benefícios dessa alternativa tecnológica para o ambiente e sociedade. Os resultados apresentam evolução progressiva da quantidade de resíduos industriais destinados ao coprocessamento desde a implantação das unidades de blendagem no estado, representando a eliminação do passivo ambiental na ordem de 231 mil toneladas de resíduos no período analisado. No RS, a maior parte dos resíduos declarados como coprocessados no sistema SIGECORS eram impróprios para a execução do método. De maneira geral, foi possível verificar o impulsionamento da tecnologia de coprocessamento no estado do RS, trazendo vantagens nos aspectos ambientais, sociais e econômicos, desde que aplicada com os devidos controles ambientais.

Referência(s)