
Síndrome de Herlyn Werner Wunderlich: um relato de caso
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv6n4-344
ISSN2595-6825
AutoresIsadora Bermudes Modenese, Isabella Bermudes Modenese, Ester Rossi Tavares, Júlia Almeida Stelzer, Maria Luisa Lima Pena,
Tópico(s)Gynecological conditions and treatments
ResumoA síndrome de Herlyn Werner Wunderlich é uma má formação congênita rara dos dutos mullerianos, caracterizada por útero didelfo, hemivagina obstruída e agenesia renal unilateral, com diagnóstico mais comum após a menarca. Nesse artigo demonstraremos um de uma paciente de 16 anos, admitida em um pronto socorro ginecológico de Vitória-ES referindo dor em fossa ilíaca esquerda. Ao exame físico, apresentava abdome doloroso à palpação supra púbica e em fossa ilíaca esquerda com sinais de defesa. Paciente possuía ultrassonografia de fora do serviço evidenciando massa anexial a esclarecer e moderada quantidade de líquido livre em cavidade abdominal. Portanto, foi realizada uma laparotomia exploradora, que ao inventário da cavidade visualizou-se útero didelfo, com trompa esquerda aumentada de tamanho e distorcida anatomicamente devido a hematossalpinge, sendo então realizada salpingectomia à esquerda. Devido aos achados cirúrgicos foi levantada a hipótese de Síndrome de Herlyn-Werner-Wunderlich e solicitado tomografia computadorizada de abdome que apresentou agenesia renal esquerda, e ultrassonografia que demonstrou aumento do volume uterino devido a hematométrio. A paciente foi encaminhada para cirurgia de septoplastia vaginal total à esquerda na qual identificou-se loja de abscesso em parede vaginal antero-lateral esquerda e posterior identificação de vagina esquerda comunicando com colo uterino esquerdo. Evoluiu com piora clínica e laboratorial, mesmo após tratamento com antibioticoterapia, sendo necessária nova laparotomia exploradora afim de identificar o foco infeccioso, durante o procedimento visualizado abscesso ovariano esquerdo, sendo realizado, portanto, ooforectomia à esquerda. Paciente evoluiu com melhora clínica após procedimento cirúrgico e antibioticoterapia de amplo espectro recebendo alta médica em junho de 2020.
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