Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

ISSO TAMBÉM É TRADUÇÃO:

2023; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 1; Issue: 42 Linguagem: Português

10.36517/revletras.42.1.23

ISSN

2358-4793

Autores

Julio César Ribeiro dos Santos, Maria Sílvia Cintra Martins,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este trabalho comporta resultados parciais de pesquisa desenvolvida em nível de doutorado a qual objetivou, de modo geral, compreender a transformação da canção sertaneja, tendo como enfoque a obra da dupla Chitãozinho & Xororó (1970-atual). Em sintonia com a Tradução Total (Torop, 2019), entendemos que tudo o que se dá na dinâmica do funcionamento dos textos resulta de processos e procedimentos tradutórios, o que nos permite pensar em termos de tradução aquilo que o mercado fonográfico nomeia cover, releitura, versão, regravação. Em termos teórico-metodológicos, propomos a articulação de alguns elementos da Semiótica da Canção (Tatit, 2012) à Análise Crítica do Discurso (Fairclough, 1995; 2003) com vistas a prover algum refinamento acerca de como textos de canção são processados em uma prática discursiva com rotinas particulares de produção, distribuição, consumo e interpretação na sociedade em relação dialética. O nosso recorte apresenta: a) Shambala (Moore, 1973) animada por Three Dog Night e suas traduções por Chitãozinho & Xororó (1989; 2019); e b) Caipira (Marques; Maracai, 1991) gravada pela dupla em 1991 e traduzida com algumas alterações em 2007. A despeito da manutenção dos aspectos harmônicos e melódicos que singularizam as canções, nota-se em ambos os casos a emergência de ethe discursivos distintos e não raras vezes modalizados pelos interesses da Indústria Cultural. Esperamos, assim, contribuir para avanços teóricos em torno dos Estudos de Tradução de modo geral e, especificamente, daqueles que têm como objeto textos de canção.

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