Artigo Acesso aberto

A variabilidade de exercícios no treino de força: alterações agudas em uma sessão de treinamento para membros inferiores

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 9; Issue: 8 Linguagem: Português

10.34117/bjdv9n8-146

ISSN

2525-8761

Autores

Darlan Knispel, Carlos Leandro Tiggemann,

Tópico(s)

Children's Physical and Motor Development

Resumo

Introdução: A variabilidade é um dos princípios do treinamento e possui extrema importância no que diz respeito a aumentar a performance e potencializar os resultados, sendo importante na mudança de estímulos, proporcionando melhora nas adaptações e evitando possíveis platôs. Objetivo: Comparar as alterações agudas na frequência cardíaca, percepção de esforço, força, potência e motivação entre uma sessão de treinamento para membros inferiores com e sem variabilidade de exercícios. Materiais e métodos: Esse estudo define-se como quantitativo, exploratório e de caráter experimental. A amostra é composta por 15 sujeitos adultos do sexo masculino, com idade de 18 a 40 anos praticantes de treino de força a pelo menos um ano. Foram realizados dois protocolos, sendo um deles consistido por um único exercício, o agachamento livre (9 séries de 10 repetições), e o outro por três diferentes exercícios, sendo eles o agachamento livre, leg press 45º e agachamento hack (3 séries de 10 repetições para cada exercício). Antes e após a realização dos protocolos foram realizados testes de 1 Repetição Máxima (1RM), Repetições Máximas (RMs) na cadeira extensora e salto horizontal. Ainda, posteriormente à realização das sessões foram verificadas a frequência cardíaca, a percepção de esforço e o grau de motivação. Resultados: A idade média dos participantes foi de 22,46± 1,56 anos, massa corporal de 80,72±7,42 kg, estatura de 174,93±5,44 cm e IMC de 26,33±1,62 Kg/m². Todos os sujeitos realizavam o treino de força a pelo menos 1 ano, numa média de 2,06±0,87 anos, treinavam numa frequência de 5 vezes por semana, sendo que 80% dos avaliados costumavam variar os exercícios durante as sessões de treinamento. Constatou-se no aspecto neuromuscular redução nos níveis de potência em 6,34% e 7,07%, na força máxima em 11,96% e 16,35% e na força resistente em 36,43% e 42,37% respectivamente, nos protocolos de 1 e 3 exercícios, apresentando queda significativa (p<0,05) quando comparadas aos valores basais e semelhantes entre os protocolos (p>0,05). No âmbito sistêmico, a frequência cardíaca apresentou reduções semelhantes entre os protocolos, entretanto no protocolo com 3 exercícios houve necessidade de um tempo maior para retornar aos níveis basais (20 vs 10 min), e em relação a percepção de esforço, igualmente, o protocolo de 3 exercícios mostrou-se mais intenso, onde imediatamente após, a PE foi de 9,20±0,86 e 9,73±0,46 e após 30 minutos a PE foi de 8,20±0,77 e 9,07±0,59 nos protocolos de 1 e 3 exercícios respectivamente. Quanto ao aspecto motivacional, ambos não apresentaram diferenças entre eles. Conclusão: Os dados da pesquisa demonstram que houve decréscimo na performance neuromuscular de forma semelhante entre os protocolos, sendo que na frequência cardíaca e na percepção de esforço houveram valores mais elevados no protocolo com 3 exercícios, sendo que no âmbito motivacional, a variabilidade foi grande, mas semelhante entre os grupos.

Referência(s)
Altmetric
PlumX