Artigo Acesso aberto

Suporte circulatório mecânico na insuficiência cardíaca grave: avaliação da eficiência e riscos na terapia intensiva

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 5 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n5-088

ISSN

2595-6825

Autores

Denise Francisca Dos Santos, Antônio Tito de Araújo Dantas, Otávio Luis de Sousa Barros Fonseca, Sarah Maria Lima Braga, Edvaldo Alves Diniz, Luana Karonine Cordeiro Castro, Luiz de Sousa Guimarães Neto, Afif Rieth Nery Aguiar, Isabelle Arruda De Oliveira, Bianca Vitória Teixeira Maluf, Francisca Soraya Carvalho de Vasconcelos Maia, Maria Clara Rego Lima de Medeiros Ribeiro, Nikolli Dantas Vieira Guimarães, Ana Luiza Fernandes Raposo Martins, Letícia Batalha Marinho, Renata Correia Freire, Breno Sampaio Lima Rodrigues, Lina Monteiro Andrade Bona, Tiara Vitalino Galvão, Jordão Carvalho e Barbalho, Artur Anibal Nunes Moraes, Giovanna Maria Pacheco Barroso Maia, Gerson Rodrigues Dos Santos Neto, Maria Vitória Soares da Rocha Tavares Silva, Waldelinye Barros Ferreira Queiroz, Lucas Casimiro Barrêto, Victor Casimiro Barrêto, Sarah Maria Vilanova Coelho, Thamires Mendes Gomes, Levy de Macedo Lira,

Tópico(s)

Mechanical Circulatory Support Devices

Resumo

A insuficiência cardíaca grave permanece como um desafio clínico complexo e de grande impacto, representando uma síndrome multifatorial que resulta em alta morbimortalidade, mesmo com os avanços terapêuticos. Diante desse cenário, a busca por estratégias inovadoras e eficazes para o manejo desses pacientes é de extrema relevância. Nesse contexto, o suporte circulatório mecânico (SCM) tem emergido como uma abordagem potencialmente vital na unidade de terapia intensiva (UTI) para enfrentar os desafios da insuficiência cardíaca grave. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é avaliar a eficiência e os riscos associados ao uso de suporte circulatório mecânico na terapia intensiva para insuficiência cardíaca grave. Trata-se de uma revisão sistemática, de natureza quantitativa, a qual utilizou as bases de dados PubMed, Cochrane Library e SciELO para confecção do estudo. A pesquisa incluiu apenas estudos em inglês publicados entre 2013 e 2023 que avaliaram a eficiência e os riscos associados ao uso de suporte circulatório mecânico na terapia intensiva para insuficiência cardíaca grave. O estudo ressalta que o suporte circulatório mecânico demonstrou melhorar a sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca grave, sendo comparável à eficácia do transplante cardíaco precoce. Além disso, discute-se que, mesmo para pacientes não elegíveis para transplante, o suporte circulatório mecânico oferece opções terapêuticas para melhorar a qualidade de vida, reduzir hospitalizações e possivelmente aprimorar os desfechos de mortalidade. Os dispositivos de assistência ventricular (DAVEs) demonstraram ser eficazes na melhoria da sobrevida e da função cardíaca em pacientes com choque cardiogênico grave. Os balões intra-aórticos (BIAs), por outro lado, não melhoraram significativamente a mortalidade em comparação com os DAVEs e têm um risco maior de sangramento. A ECMO também levou ao aumento da sobrevida em pacientes com choque cardiogênico grave, no entanto, com risco maior de complicações, como sangramento e infecção. Em suma, o suporte circulatório mecânico surge como pilar central na terapia intensiva para insuficiência cardíaca avançada, demandando avaliação atenta de eficácia e riscos. Dispositivos como DAVEs, BIAs e ECMO mostram melhorias na sobrevida e função cardíaca, porém sua aplicação requer avaliação criteriosa e coordenação multidisciplinar. A eficácia promissora do SCM exige consideração equilibrada com os riscos inerentes. A seleção criteriosa de pacientes, escolha adequada de dispositivos e monitorização constante surgem como pilares para atenuar riscos e otimizar resultados.

Referência(s)