Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Lúpus Eritematoso Sistêmico - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 5 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n5-070

ISSN

2595-6825

Autores

Izabella Martins Sales, Geovana Martins Borges, Bruna Pereira Morais, Fernanda Moreira, Laura Coelho Pires Rocha, Letícia Ribeiro de Souza Martins, Mariana Paula Borges Silva, Raquel Barbosa Ribeiro, Ana Flávia do Carmo Muniz, Isabela Leal Cury,

Tópico(s)

Whipple's Disease and Interleukins

Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que afeta diversos órgãos e tecidos do corpo. Sua origem envolve a interação complexa de fatores genéticos, ambientais e hormonais. A heterogeneidade das manifestações clínicas do LES reflete a complexidade das vias moleculares interrompidas que levam ao desenvolvimento da doença. A patogênese envolve componentes do sistema imunológico, autoanticorpos, sistema complemento, desregulação de citocinas e dificuldades na depuração de ácidos nucleicos após a morte celular. Ademais, o LES é mais comum em mulheres em idade fértil, com uma proporção significativamente maior de mulheres afetadas em comparação com homens. Além disso, a prevalência é maior em grupos étnicos não-caucasianos, embora seja menos comum na África. Outrossim, o diagnóstico do LES é baseado em uma combinação de manifestações clínicas características e sorologias positivas. Dada a diversidade de sintomas, vários conjuntos de critérios de classificação foram desenvolvidos, sendo os critérios SLICC mais sensíveis e úteis para diagnóstico precoce. O tratamento visa manter a menor atividade da doença possível, prevenir danos aos órgãos, reduzir comorbidades e aliviar sintomas como fadiga e dor. O início precoce do tratamento e a colaboração com o paciente são fundamentais. Isso inclui evitar gatilhos conhecidos, proteção solar, uso de imunomoduladores (como hidroxicloroquina e vitamina D), monitoramento de adesão, limitar o uso de corticosteróides em altas doses e recorrer a imunossupressores quando necessário.

Referência(s)