Vacina como tratamento para Gonorreia e seus principais impasses
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 5 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv6n5-016
ISSN2595-6825
AutoresLourrane Felício Fukuda Nogueira, Rafaela da Silva Schottz, José Agostinho Barbosa, Maria Luiza Cascudo Oliveira, Pedro Henrique Andriani, Patricia Feitosa Andrade, Tábata de Oliveira Silva, Ingrid Fabric Gouveia Lima, Renan Pereira Barcelos Severino Borges, Bianca Pereira Barros, Wanderson Junio Pompilio Alves, Vitor Rodrigues Guimarães, Isabela Alves Da Silva, Fernando Antonio Marçal, Emanuel Sampaio Borba Lana, Ana Cláudia Santiago, Bárbara Quiuqui Soares, Rodrigo Daniel Zanoni,
Tópico(s)Reproductive tract infections research
ResumoA gonorreia é uma doença causada pela bactéria neisseria gonorrhoeae, trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, que se manifesta, entre homens e mulheres, com sintomas variados, por isso, para o diagnóstico é necessário exames microscópicos, culturas ou testes de amplificação de ácido nucleico e com relação ao tratamento, sua primeira linha é a associação de ceftriaxona com azitromicina. Trata-se de uma revisão de literatura, cujas bases foram retiradas das plataformas de dados SciELO e PubMed. O período da pesquisa foi de julho de 2023, atendendo aos critérios de inclusão que foram artigos dos anos 2000 a 2023, na língua portuguesa e inglesa, textos online e em textos completos. Como estratégias para melhor avaliação dos textos, foram utilizados os seguintes descritores em saúde (DeCS): "Tratamento", "Gonorreia" e "Vacina". A bactéria Neisseria gonorrhoeae é responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) conhecida como gonorreia. A gonorreia pode se manifestar como uretrite em homens, cervicite ou uretrite em mulheres e também pode afetar locais extragenitais, como faringe, reto, conjuntiva e, em casos raros, de forma sistêmica, em ambos os sexos. A confirmação do diagnóstico requer exames microscópicos de amostras coradas pelo método de Gram, culturas bacterianas ou testes de amplificação de ácido nucleico. O tratamento de primeira linha recomendado é a terapia sistêmica em dose única, geralmente com ceftriaxona injetável e azitromicina oral. No entanto, uma grande preocupação de saúde pública em escala global é o surgimento de altos níveis de resistência antimicrobiana (RAM) em N. gonorrhoeae, o que compromete a eficácia dos tratamentos disponíveis para a gonorreia. A Neisseria gonorrhoeae tem sido um desafio histórico para o desenvolvimento de vacinas, devido à expressão de moléculas de superfície variáveis e à sua capacidade de causar infecções repetidas sem induzir imunidade protetora. As medidas de controle atuais são claramente insuficientes e estão ameaçadas pelo rápido surgimento de resistência aos antibióticos. Atualmente, a gonorreia é considerada uma "superbactéria", pois não há monoterapia confiável para o tratamento empírico. A resistência aos antibióticos aumentou os custos de tratamento e levou à necessidade de programas de vigilância para rastrear a disseminação de cepas resistentes. Dessa maneira, é de extrema importância iniciar as discussões sobre os tratamentos alternativos para doenças causadas por bactérias e vírus, sem tratamento preventivo especificado ainda. No caso da gonorreia, é interessante estudar cada vez mais, estudando as possibilidades e principais fatores sobre os empecilhos para criação da vacina.
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