Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Aspectos do uso de agentes profiláticos em infecções fúngicas resultantes de transplante pulmonar

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 5 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n5-044

ISSN

2595-6825

Autores

Gabriela Hissa Lopes, Gabriela Pires Marra, Gabriela Herani Da Costa, Letícia de Oliveira Grossi, João Vitor Nunes Teles Zebral Bellintani, João Pedro Vilela Reis, Gabriel Abreu Vianna, Gabriela Miguel Mendes Do Valle,

Tópico(s)

Mycobacterium research and diagnosis

Resumo

O transplante pulmonar (TP) é uma alternativa invasiva utilizada por cirurgiões em pacientes acometidos por doenças geradoras de falência pulmonar. Apesar dos regimes imunossupressores administrados aos pacientes após a cirurgia reduzirem a incidência de rejeição do transplante, receptores de transplante de pulmão têm o maior risco de contrair infecções fúngicas invasivas (IFIs) entre a população de transplante de órgãos sólidos. As complicações geradas pelas IFIs variam de acordo com a gravidade do paciente e o agente fúngico responsável. O objetivo deste artigo foi sintetizar os métodos profiláticos bem como a sua importância para a prevenção de infecções fúngicas após a terapias invasivas de transplante pulmonar. Tendo isso em mente, tal artigo trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática, na qual foram selecionados 22 artigos científicos a respeito do tema, por meio de uma abordagem descritiva-exploratória, utilizando bases de dados MEDLINE e BVS, com os descritores ''Invasive Fungal Infection'', ''Lung Transplantation'' e ''Lung Grafting'', separados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”, publicados entre os anos 2018 e 2023, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram artigos originais publicados nas três línguas, retratando a temática referente à revisão sistemática e indexados nos referidos bancos de dados nos últimos cinco anos, enquanto o critério de exclusão foi não responder à pergunta norteadora. Nesse contexto, tem- se que além da complexa patogênese, a imunossupressão que sucede o TP bem como a variável tolerabilidade dos antifúngicos pelos pacientes, a crescente taxa de resistência dos micro-organismos e os altos custos dos medicamentos profiláticos corroboram grandemente com a dificuldade para se evitar infecções fúngicas invasivas. Dessa forma, duas técnicas para administração se destacam como métodos viáveis, sendo elas a profilaxia universal, quem tem como principais representantes agentes azólicos e a anfotericina B, e a profilaxia direcionada, cujo consenso para o tipo de antifúngico a ser usado apresenta-se menos definido. Assim conclui-se que diversos centros adotam medidas profiláticas para reduzir as complicações decorrentes das infecções fúngicas no pós-operatório sendo possível observar uma predominância da profilaxia universal em relação à profilaxia direcionada. Porém, apesar dos benefícios da maior efetividade profilática, a profilaxia universal tem um alto custo e maior taxa de efeitos colaterais, enquanto a profilaxia direcionada mostra- se mais interessante quanto a esses pontos. Portanto, torna-se imprescindível a ampliação de estudos que envolvam uma melhor utilização e integração da profilaxia direcionada.

Referência(s)