
IMPACTO DA PANDEMIA COVID-19 SOBRE AS CIRURGIAS MAMÁRIAS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA PARA TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
2023; Volume: 5; Issue: 4 Linguagem: Português
10.36557/2674-8169.2023v5n4p2430-2443
ISSN2674-8169
AutoresLuiza Herdy Boechat Luz Tiago, Carolina Dalla Santa Dal Moro, Carolina Odorizzi Magno Nunes, Fernando Vivian, Karine Santos de Azevedo, Marília Damo, Marjoriê Aparecida Dalla Lana, Thaís Hunoff Ribeiro,
Tópico(s)COVID-19 and healthcare impacts
ResumoIntrodução: A pandemia causada pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 trouxe demandas até então nunca previstas para os sistemas de saúde e a sociedade. Dentre os maiores desafios, salienta-se a importância da manutenção do tratamento de doenças potencialmente letais que seguiram em paralelo à epidemia mundial que se instalou. O tratamento do câncer de mama, uma doença tempo dependente, também foi comprometido, pois havia a necessidade da priorização de recursos financeiros, insumos, medicamentos, e especialmente, leitos hospitalares para assistência aos infectados pelo coronavírus. Cirurgias foram suspensas e centros cirúrgicos desativados. Objetivos: Comparar o número de procedimentos cirúrgicos mamários entre os períodos pré e durante a pandemia; identificar o impacto sobre o quantitativo proporcional de cirurgias realizadas. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com a revisão dos procedimentos realizados de janeiro de 2015 a junho de 2021. Resultados: Foram incluídos 899 pacientes, a maioria do sexo feminino, sendo 58,5% casos oncológicos. O procedimento cirúrgico mais realizado, tanto no período pré-pandemia como pandêmico, foi a cirurgia oncológica conservadora (setorectomia ou quadrantectomia). Houve diferença significativa entre o número de procedimentos realizados antes e durante a pandemia, com uma queda de 43% no número de cirurigas realizadas durante a pandemia. Não houve diferença significativa no padrão de cirurgias realizadas no período. Conclusão: A pandemia provocou importante redução na realização de cirurgias eletivas no período analisado, gerando atrasos nas intervenções, o que a literatura aponta como risco potencial para progressão da doença e elevação das taxas de óbitos
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