Artigo Acesso aberto Produção Nacional

INCIDÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS SOB INFLUÊNCIA DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA

2023; Arche Scientific and Editorial Consultancy; Volume: 9; Issue: 9 Linguagem: Português

10.51891/rease.v9i9.11138

ISSN

2675-3375

Autores

Marcos Vinícius Afonso Cabral, José Augusto Carvalho de Araújo, Larissa Coelho Pereira Silva, Amauri Mesquita de Sousa, Viviandra Manuelle Monteiro de Castro Trindade, Ruy Adryan da Silva Costa, Emanoelen Bitencourt e Bitencourt, Andrea Ligori Rodrigues Resende,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

Doenças relacionadas a problemas ambientais que ocorreram nos últimos anos tiveram um impacto crescente na disseminação de doenças infecciosas, principalmente aquelas transmitidas por vetores como Malária, Leishmaniose e Doença de Chagas, essas doenças continuam sendo uma das mais importantes causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Claramente, questões sociais combinadas a degradação ambiental e a perturbação ecológica, sejam de origem natural ou humana, têm um impacto significativo no surgimento e disseminação de certas doenças, como a DC. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os impactos de elementos socioambientais na prevalência da Doença de Chagas na Amazônia. Isso será feito por meio de extensa revisão de trabalhos científicos centrados no tema sugerido. O Estudo envolve um levantamento minucioso de fontes bibliográficas, incluindo livros, revistas e artigos já publicados em bases de dados como Scielo, PubMed, Lilacs, Zenodo, dos últimos 10 anos. Como critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados artigos, livros e papers publicados entre 2014 e o primeiro semestre de 2023. Durante a investigação, constatou-se a falta de pesquisa que descrevam com mais detalhes as problemáticas socioambientais relacionados a doença de Chagas na Amazônia brasileira, esta informação é utilizada para reforçar e elucidar o problema em questão. Ao apresentar e analisar os pontos de vista de vários autores sobre o tema, a pesquisa visa, em última análise, colocar questões instigantes que irão inspirar os leitores a explorar novos caminhos em sua busca do conhecimento cientifico sobre o assunto. Após analises realizadas nas literaturas verificou-se que aproximadamente 3 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), causador da DC. A transmissão da doença é baseada em relacionamentos humanos-vetores aprimorados, muitas vezes ditados pela degradação dos ambientes naturais e pela migração de triatomíneos de seus habitats. Nos últimos anos, houve um aumento significativo de casos nas regiões Norte, incluindo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além disso, o desmatamento e as diferenças sociais são vistos como os principais responsáveis na alteração do equilíbrio entre vetores e humanos e, assim, contribui para a maior incidência da doença. A pesquisa também mostrou que a doença de Chagas na região Norte foi classificada como DC aguda, pois esteve associada à contaminação alimentar desses casos registrados entre 2014 e 2017, sendo o maior índice registrado no estado do Pará. Depois de analisar os achados deste estudo, fica claro que a doença de Chagas continua sendo um grande problema de saúde pública no Brasil, especialmente na região amazônica. Além disso, os dados obtidos no estudo permitiram compreender que, a prevalência na maioria dos casos de DC, está relacionado com problemas de degradação ambiental e sociais. Por fim, é importante trabalhar a prevenção da Doença de Chagas na região amazônica, o que pode ser alcançado por meio do aprimoramento e manejo de atividades voltadas para o desenvolvimento da atividade agrícola de forma sustentável, reduzindo os danos ambientais e a alteração do habitat natural.

Referência(s)