Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Mais um caso da síndrome da sulfona

2000; Volume: 25; Issue: 2 Linguagem: Português

10.47878/hi.2000.v25.36439

ISSN

1982-5161

Autores

Ângela Marques Barbosa, Emir Martins, Raul Negrão Fleury, Diltor Vladimir Araújo Opromolla,

Tópico(s)

Acute Myeloid Leukemia Research

Resumo

apresentado o caso de um paciente que iniciou tratamento de hanseníase e um mês depois apresentou febre, prurido, queda do estado geral e um quadro cutâneo de eritrodermia esfoliativa que respeitava máculas hipocrômicas no tronco anterior. Biópsias das lesões mostraram uma dermatite epitelial regular e infiltrado linfocitário pleomórfico com intenso epidermotropismo e foliculotropismo. Em todas as biópsias foramdetectados bacilos em nervos e em macrófagos. Os exames laboratoriais mostravam anemia (3.300.000 hemácias/mm3; Hb= 9,2 g%) e leucocitose (20.800 leucócitos/mm') com 40% de linfócitos e polimorfismo dessas células. Essas manifestações foram rotuladas como pertencentes à Síndrome da Sulfona apesar de faltarem seus outros componentes. Os autores consideram que a atipia linfocitária é uma característica imprescindível da síndrome e chamam também a atenção para o pleomorfismo linfocitário e o intenso epidermotropismo e foliculotropismoobservado nos exames histopatológicos que foram realizados. Eles discutem o porque da eritrodermia respeitar as máculas hipocrômicas da hanseníase e consideram que o fato do paciente continuar exibindo o quadro eritrodérmico após a retirada da sulfona, agora sem mais o infiltrado que agredia a epiderme, seria devido a um fenômeno de autossensibilização.

Referência(s)