
Perfil clínico-epidemiológico dos casos de hanseníase notificados no município de Assis Brasil, Acre, no período de 2003 a 2010
2011; Volume: 36; Issue: 1 Linguagem: Português
10.47878/hi.2011.v36.35112
ISSN1982-5161
AutoresHumberto Oliart Guzman, Antônio Camargo Martins, Saulo Augusto Silva Mantovani, Thasciany Moraes Pereira, Breno Matos Delfino, Fernando Luiz Cunha Castelo Branco, Athos Muniz Braña, Rhanderson Gardinali Campos, Cristieli Sérgio de Menezes Oliveira, Mônica da Silva Nunes,
Tópico(s)Leprosy Research and Treatment
ResumoA hanseníase é considerada um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. No período de 2001 a 2007, o Acre foi o 8º Estado com os maiores coeficientes de prevalência e incidência de hanseníase em todo o Brasil. Este é um estudo retrospectivo que utilizou os dados das fichas de notificação de casos de hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do município de Assis Brasil, Acre, entre 2003 e 2010. Os dados foram digitados e analisados no programa SPSS, sendo que médias e proporções foram comparadas com o Teste de Anova e o Teste do Qui-Quadrado. Foram notificados 25 casos novos, com coeficiente de detecção de 98,7/100.000 habitantes em 2010, sendo 56% casos índices e 44% contatos; oito (32%) casos de hanseníase paucibacilar e 17 (68%) de hanseníase multibacilar. Predominou a forma dimorfa (52%), seguido da forma tuberculóide (32%) e forma virchowiana (16%). A baciloscopia foi negativa em 75% dos testes. Nove pacientes foram considerados curados no tempo preconizado, um paciente necessitou de maior tempo de tratamento, oito pacientes ainda estavam em tratamento e seis casos tiveram evolução desconhecida. A alta frequência de casos de hanseníase multibacilar reforça a ideia da demora no diagnóstico e da dificuldade em detectar formas mais leves da doença, contribuindo para manter a transmissão, necessitando de maior ação do sistema de saúde.
Referência(s)