Microfósseis como indicadores da Evolução Paleoambiental do Holoceno Tardio na Ilha de Maracá, Costa Amazônica, Amapá– Brasil
2023; Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (ABEQUA); Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/abequa.v14i1.83481
ISSN2176-6142
AutoresLazaro Laut, Valdenira Ferreira dos Santos, João Graciano Mendonça Filho,
Tópico(s)Geological formations and processes
ResumoO conteúdo microfossilífero (foraminíferos e palinofácies) de uma seção sedimentar de 803 cm da ilha de Maracá localizada no Cabo Norte - Amapá foi estudado objetivando a identificação dos ambientes de sedimentação responsáveis pela formação da ilha, e assim, contribuir com os modelos de reconstrução paleoambiental do Holoceno Tardio para a região ao norte da foz do rio Amazonas. O pacote sedimentar estudado representa uma sequência sedimentar regressiva composta predominantemente pela Assembleia C que é constituída majoritariamente por fitoclastos pouco retrabalhados e palinomorfos de água doce. Um momento de estabilização da planície de inundação com a formação de áreas pantanosa de água doce e fundo anóxico permitiu a formação de um depósito de turfa entre 477 – 446 cm (entre 2.000 e 1.000 cal yr BP) que é marcado pela Assembleia D. Duas pequenas incursões marinhas podem ser observadas ao longo da formação da Ilha de Maracá: fase Moleson (2.500 a 1.300 cal yr BP) entre 650-600 cm e fase Comowine (1.000 cal yr BP ao presente) entre 120-80. Esta influência de sedimentos costeiros é representada na seção pela Assembleia B que apresenta maior quantidade de palinomorfos marinhos e foraminíferos. A estabilização do canal do Varador que separa a ilha do continente é marcada pela Assembleia A (0-60 cm) composta predominantemente por foraminíferos indicando que a maior contribuição marinha na formação do pacote sedimentar é recente possivelmente nos últimos 500 cal yr BP como resultado dos processos erosivos atuais atuantes na costa do Amapá.
Referência(s)