Erosão costeira e faixas de proteção no delta do rio São Francisco
2023; Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (ABEQUA); Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/abequa.v14i1.81671
ISSN2176-6142
AutoresIaggo Oliveira Correia, Ana Cláudia da Silva Andrade, Paulo Sérgio de Rezende Nascimento,
Tópico(s)Coastal and Marine Dynamics
ResumoA erosão costeira destruiu o povoado do Cabeço, no lado sergipano do delta do rio São Francisco. Para evitar danos similares no futuro, recomenda-se implementar as faixas de proteção costeira, que delimitam distâncias seguras para a ocupação humana entre a linha de costa e o continente. Este trabalho objetivou determinar tais faixas para o delta do rio São Francisco. Foram utilizados registros da vazão fluvial e imagens de satélites de 1986 a 2017 para compreender e quantificar as taxas de variação da linha de costa. As taxas mais extremas de recuo foram utilizadas para calcular as larguras das faixas de proteção costeira a partir da linha de costa de 2017 para o ano de 2037, junto ao critério de que toda faixa localizada sobre unidades de conservação ou ecossistêmicas fosse recuada aos limites internos das unidades. De 1986 a 2017, a vazão fluvial média diminuiu em 24% e contribuiu para o aumento de 32% de trechos em recuo na linha de costa. A taxa mais extrema de recuo do lado alagoano do delta foi de -55,23 ± 4,7 m/ano, enquanto no lado sergipano foi de -153,13 ± 0,11 m/ano. As faixas para 2037 utilizaram o cálculo numérico (largura de 3.062 m no lado sergipano) e o critério de recuo ao limite interno da APA de Piaçabuçu (lado alagoano), visando minimizar ou evitar riscos socioeconômicos ao recuo costeiro e incentivar a sustentabilidade ambiental.
Referência(s)