Artigo Acesso aberto Revisado por pares

TALVEZ EU SEJA “PRETA DEMAIS”

2023; Volume: 6; Issue: 14 Linguagem: Português

10.18764/2595-1033v6n14.2023.11

ISSN

2595-1033

Autores

Josenaide Engrácia dos Santos, Ana Laura Gomes de Moura, J. Silva, Micaele Bastos Avelar,

Tópico(s)

Rural and Ethnic Education

Resumo

Historicamente, mulheres negras experimentam múltiplas adversidades devido ao racismo e sexismo que refletem no seu campo afetivo. Para a sociedade, ser negra significa ser tomada, ser subjugada e sofrer violência. Entretanto, poucos são os estudos que abordam racismo, gênero e afetividade. O objetivo desta pesquisa foi compreender as implicações de ser mulher negra no campo afetivo. Como metodologia, adotou-se a pesquisa qualitativa construcionista social, que utiliza o Mapa de Associações de Ideias para a análise dos discursos de cinco mulheres autodeclaradas negras. Os resultados sugerem que a estética e mulheres negras são espaços em que o preconceito racial se retroalimenta, no campo afetivo. Quanto mais melanina, menos amor, mais humilhação e solidão. Os resultados foram apresentados em quatro temáticas juntamente com os discursos das participantes. Portanto, conclui-se que, quanto mais características africanas, menos amor e mais solidão afetiva. Contudo, as situações relatadas também sugerem a possibilidade de reversão desse processo com o aquilombamento, uma forma de resistência e possibilidade de novas formas de suporte entre as mulheres negras.

Referência(s)