
“CONSERVAREI, GUARDAREI, ESQUECEREI?” – MEMÓRIA E SHOAH A PARTIR DE REFLEXÕES SOBRE <i>CASCAS</i>, DE GEORGES DIDI-HUBERMAN
2022; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português
10.18224/mos.v15i1.9246
ISSN1983-7801
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Commemoration
ResumoEsta contribuição tem por objetivo refletir sobre memória e Shoah a partir de Cascas (2011), de Georges Didi-Huberman. De caráter ensaístico, Cascas se origina da primeira visita que Didi-Huberman fez ao Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau em junho de 2011, documentada por uma série de fotografias. Em suas conjecturas sobre os diversos registros fotográficos, o filósofo e historiador da arte francês nos convida a pensar de maneira crítica sobre “lugares de memória” da Shoah – em que Auschwitz ocupa posição paradigmática – e sobre as diversas camadas temporais identificadas em vestígios da estrutura genocidária dos Lager. A leitura de Cascas evocou também memórias de uma visita feita pelo autor do presente artigo ao campo de concentração de Oranienburg-Sachsenhausen em maio de 1993, e também do ato de registrá-la em fotografias. Tempo, memória e imagem se entrelaçam na tentativa de se registrar vestígios do horror, muitos deles imperceptíveis ao olhar do visitante.
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