
Tenentismo e mineração:
2023; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO; Volume: 22; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5335/srph.v22i2.14875
ISSN2763-8804
AutoresJosé Otávio Águiar, Matheus Henrique da Silva Alcântara,
Tópico(s)Brazilian History and Foreign Policy
ResumoO Tenentismo foi um movimento social surgido nos anos 1920, congregando oficiais militares de baixa patente em oposição a estrutura oligárquica da política brasileira, a forma como eram tratadas as forças armadas do país (baixos soldos), bem como criticavam a situação econômica nacional de desvalorização do café e inflação, defendendo a implantação de um processo de industrialização. Durante o Governo Provisório de Getúlio Vargas, diversos integrantes deste movimento ocuparam cargos de destaque na administração pública federal e estadual, atuando na defesa de políticas nacionalistas, como a nacionalização dos recursos minerais do Brasil. Os tenentes foram determinantes para a construção de uma política mineral nacional voltada para o processo de industrialização, com a publicação do Código de Minas (1937), Código de Águas (1935), bem como foram responsáveis pela reorganização do Serviço Geológico e Mineralógico Brasileiro, e sua eventual transformação no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral - 1934), responsável pelo incentivo estatal na prospecção, produção, regulamentação e exportação de produtos minerais. Deste modo, partiremos do conceito de “modernização conservadora”, segundo Gambini (1977), dirigida ou controlada pelo poder então estabelecido, sendo a modernização industrial impulsionada pelas necessidades dos mercados centrais. Estudos mais recentes (BASTOS; FONSECA; 2012) apontam a ascensão de um projeto nacional-desenvolvimentista, tendo três pilares fundamentais (nacionalismo, trabalhismo, e o populismo), sob o ideário se desenvolver industrialmente para reduzir a dependência de insumos importados.
Referência(s)