Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Padrões espaço-temporais do escorpionismo em Alagoas, nordeste do Brasil:

2023; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS; Volume: 8; Issue: 4 Linguagem: Português

10.48017/dj.v8i4.2751

ISSN

2525-5215

Autores

João Lucas Cavalcante Santos, Adriano José Dos Santos, Valdelice Ferreira dos Santos, E. Silva, Cledson dos Santos Magalhães, José Rodrigo Santos Silva, Claudimary Bispo dos Santos,

Tópico(s)

Zoonotic diseases and public health

Resumo

A alta incidência de escorpionismo na saúde pública no Brasil e demais países em desenvolvimento, motivou sua inclusão na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas da Organização Mundial de Saúde. Destarte, o objetivo do estudo foi investigar a dinâmica espaço-temporal dos acidentes por escorpiões notificados no estado de Alagoas no período de 2007 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico misto, com dados disponíveis no portal aberto Informações de Saúde, a respeito dos casos de acidentes com escorpiões confirmados e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e, as estimativas populacionais por município no estado. As análises estatísticas foram feitas no software R (versão 4.2.2), analisando-se a incidência dos casos; evolução temporal; distribuição espacial e o risco relativo. Identificou-se uma tendência de aumento médio anual de 1,6 casos por 10 mil habitantes na incidência de escorpionismo. O Índice de Moran Local apontou autocorrelação significativa entre os municípios com maior incidência assim como seus adjacentes, com Teotônio Vilela, Junqueiro e Campo Alegre apresentando altas taxas de incidência nos três pontos de corte da série temporal estudada (2007, 2014 e 2021). O cluster formado pelos municípios de Junqueiro, Teotônio Vilela, Arapiraca e Campo Alegre, apresentou o maior risco relativo de escorpionismo em quase todo o período estudado. Os resultados apontam uma tendência de crescimento anual no número de acidentes por escorpiões no estado de Alagoas, com isso, tornar-se-á importante que o estado e os municípios, desenvolvam políticas públicas de saúde que visem o controle de animais peçonhentos de importância médica.

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