
ESTUDO RETROSPECTIVO E COMPARATIVO DO NÚMERO DE ÓBITOS POR LEUCEMIA ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL NO ANO DE 2022
2023; Elsevier BV; Volume: 45; Linguagem: Português
10.1016/j.htct.2023.09.1771
ISSN2531-1387
AutoresKAM Martins, LL Araújo, CBA Greco, SM Mazzoni, Flávio Henrique Batista de Souza,
Tópico(s)Maternal and Neonatal Healthcare
ResumoO estudo teve como objetivo analisar, quantitativamente, o número de óbitos por leucemia em comparativo entre as regiões do Brasil. Utilizou-se como ferramenta de desenvolvimento desse estudo uma análise transversal retrospectiva utilizando dados secundários do SIM/DATASUS. Obteve-se o número de óbitos por leucemia no ano de 2022 em comparativo com as regiões do Brasil, como, as regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, atrelado com sexo e faixa etária acima de 20 anos caracterizando, assim, as demais variaveis do estudo. O número de óbitos por leucemia teve uma variação entre as regiões brasileiras, com um pico na região sudeste, em relevância, o estado de São Paulo com cerca de 487 de um total de 904 para a região. Entretanto, na região Centro-Oeste foi registrado o menor número de óbitos, com um total de 100 óbitos no ano de 2022, com o estado do Mato Grosso registrando o menor número de óbitos, cerca de 15, na região. Ademais, a região norte registrou o estado com menor número mortalidade por leucemia, com 3 óbitos na em Roraima no ano de 2022. Após analisar os resultados obtidos e sabendo das peculiaridades que tangem a notificação e diagnóstico da leucemia, pode-se inferir que o pico de óbitos registrados no estado do sudeste justifica-se pelo melhor desenvolvimento socioeconômico e, assim, levando-se ainda em conta a notificação apropriada da doença e sua resolução, pode-se fazer um contraponto justificável para o menor número de óbitos das demais regiões do Brasil, que usufruem de um menor índice de desenvolvimento social, econômico e de recursos. Ademais, a região sudeste também oferece, consequentemente, uma maior exposição aos fatores de risco multifacetados que predispõem tal patologia, como estilo de vida e o contato com agressores químicos. Ademais, vale ressaltar que o fator causal definitivo da leucemia ainda é desconhecido e que a prevalência de determinados tipos de leucemia podem dificultar, ainda mais, tal rastreio dependendo do estado e das suas estruturas de saúde pública. Assim, outra hipótese para a discrepância numérica entre os óbitos registrados entre as regiões brasileiras por leucemia é a proporção populacional da região, já que a região sudeste é a região com maior concentração demográfica do Brasil. Com isso, a importância da investigação e estudo para a obtenção dos padrões sociais, epidemiológico e territoriais e que permeiam o instauração e mortalidade da leucemia no que tange a completude do território brasieliro. Portanto, averiguou-se a importância de instaurar e desenvolver vigília epidemiológica da leucemia em prol do desenvolvimento de políticas públicas que possam suprir com equidade as unidades federativas do brasil em suas singularidades e peculiaridades em relação ao tratamento, apoio e capacitação dos profissionais de saúde, assim como, a atuação do ministério público na saúde.
Referência(s)