Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Conhecimento do diagnóstico, tratamento e controle do diabetes mellitus no Brasil

2023; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 1 Linguagem: Português

10.11606/s1518-8787.2023057005167

ISSN

1518-8787

Autores

Luís Antônio Batista Tonaco, Gustavo Velásquez-Meléndez, Alexandra Dias Moreira, Flávia Cristina Drumond Andrade, Déborah Carvalho Malta, Mariana Santos Felisbino-Mendes,

Tópico(s)

Public Health in Brazil

Resumo

OBJETIVO: Estimar as proporções dos indivíduos que têm conhecimento do diagnóstico, tratamento e controle do diabetes mellitus (DM) na população adulta brasileira. MÉTODO: Este é um estudo transversal, com dados de amostra representativa da população brasileira, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2014/2015). Os desfechos foram definidos com base na medida de hemoglobina glicada (HbA1c), no diagnóstico autorreferido de DM e no uso de hipoglicemiantes ou de insulina. Estimou–se a proporção do conhecimento, tratamento e controle do DM de acordo com as características sociodemográficas, condição de saúde e de acesso aos serviços de saúde, e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: A prevalência de DM na população brasileira foi 8,6% (IC95% 7,8–9,3), 68,2% (IC95% 63,9–72,3) tinham conhecimento do seu diagnóstico, 92,2% (IC95% 88,6–94,7) dos que tinham conhecimento realizam tratamento medicamentoso, e desses, 35,8% (IC95% 30,5–41,6) tinham os níveis de HbA1c controlados. As proporções de conhecimento, controle e tratamento foram menores nos homens, com idade de 18 a 39 anos, indivíduos que possuem baixa escolaridade, sem plano de saúde e beneficiários do Programa Bolsa Família. CONCLUSÃO: Aproximadamente um em cada dez brasileiros apresenta DM. Um pouco mais da metade desta população tem conhecimento do seu diagnóstico, condição aferida por dosagem de HbA1c e diagnóstico clínico. Entre os que sabem, a grande maioria está sob tratamento medicamentoso. Porém, menos da metade destes tem seus níveis de HbA1c controlados. Cenários piores foram encontrados em subgrupos com alta vulnerabilidade social.

Referência(s)