Aspectos socioambientais e sorológicos das hepatites A e E em remanescentes quilombolas do município de Mocajuba, Pará, Brasil, entre 2018 e 2019
2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 11 Linguagem: Português
10.55905/revconv.16n.11-023
ISSN1988-7833
AutoresLetícia Gomes de Oliveira, Cândida Maria Abrahão de Oliveira, Dickson Ciro Nascimento de Brito, José Raul Rocha De Araújo Júnior, Desirée Lopes Da Silva, Maria de Jesus de Sousa Brasil, Heloísa Batista Virgolino, Heloísa Marceliano Nunes,
Tópico(s)Hepatitis Viruses Studies and Epidemiology
ResumoEste trabalho objetivou identificar a prevalência sorológica dos vírus das hepatites A e E em remanescentes quilombolas de Vila Vizânia do Município de Mocajuba, estado do Pará, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, quantitativo, de corte transversal, que foi desenvolvida em amostras de sangue/soro oriundas do município de Mocajuba, localizado as margens do rio Tocantins, estado do Pará, Brasil, coletadas entre agosto de 2018 e julho de 2019. Foram utilizadas 270 amostras que se encontram no Biorrepositório do IEC. Os testes sorológicos foram realizados por ensaio imunoenzimático. Para detecção do VHA foi pesquisado o anticorpo anti-VHA total, e para o VHE foram pesquisados os marcadores anti-VHE IgM e anti-VHE IgG. As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa BioEstat, versão 5.0, testes do qui-quadrado, teste Exato de Fisher e Teste G. Em relação à prevalência dos marcadores sorológicos dos vírus das hepatites A e E, para o VHA foi encontrada prevalência 74,4% de anti-VHA total revelando indivíduos com resposta imunológica e consequente 25,6% de taxa de suscetibilidade. Quanto ao VHE, foi detectado uma taxa global de 5,6%, sendo 4,1% para o marcador anti-VHE IgM, revelando presença de amostra de indivíduo com infecção aguda pelo VHE, e 1,5% de anti-VHE IgG, significando contato anterior com o vírus. É fundamental que todas as áreas em saúde despertem interesse para este grande desafio, e possam estreitar vínculos a importantes grupos de brasileiros que, por uma razão triste de nosso passado de escravidão e tortura, estiveram e ainda estão excluídos do processo atual de desenvolvimento e acesso aos bens e serviços básicos.
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