Diferenças entre sexos nos desfechos clínicos após infarto agudo do miocárdio com supradesnível de ST de um hospital do meio-oeste catarinense
2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 21; Issue: 11 Linguagem: Português
10.55905/oelv21n11-050
ISSN1696-8352
AutoresValéria Cristina Menin, André Trevisan, Maria Luísa Rocha Dadalt,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoFundamento: As mulheres estão em minoria nas pesquisas científicas na cardiologia, e em se tratando de Infarto Agudo do Miocárdio Com Supradesnível de ST (IAMCSST), os estudos mostram que elas apresentam piores desfechos clínicos quando comparadas aos homens. Por isso, é necessário pesquisar sobre a razão pela qual há uma diferença entre os sexos para reduzir os altos índices de mortalidade na população do sexo feminino. Objetivo: Avaliar as diferenças entre os sexos nos desfechos clínicos pós-IAMCSST. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, retrospectivo, que avaliou dados como tempo de internação, mortalidade e outros desfechos clínicos, de pacientes homens e mulheres, diagnosticados com IAMCSST e internados em um único Hospital do Meio-Oeste Catarinense, entre janeiro de 2022 e agosto de 2023. Resultados: Foram avaliados um total de 150 prontuários, sendo incluídos na análise final 55 indivíduos. Destes, 20 corresponderam a mulheres, com uma idade média de 65,4 ± 14,8 anos. A maioria dos indivíduos apresentou o quadro clássico, porém, 35% da amostra feminina apresentou sintomas atípicos. Quanto aos valores médios do Escore de Grace, não foram observadas diferenças entre homens e mulheres (t = 0,33; p = 0,73). Tampouco foram observadas diferenças significativas no tempo de internação em dias (U = 1128; p = 0,13). Na análise comparativa de percentual de óbitos não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusões: Apesar das limitações e de alguns resultados não terem alcançado significância estatística, observou-se que as mulheres eram, em média, mais velhas e mais propensas a apresentar sintomas atípicos e complicações, o que está em linha com descobertas anteriores e contribui para ampliar nosso entendimento limitado das diferenças nos resultados clínicos entre homens e mulheres após IAMCSST, especialmente no contexto brasileiro.
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