
Como se estivéssemos em palimpsesto de Elvira Vigna
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 32; Issue: 2 Linguagem: Português
10.17851/2358-9787.32.2.331-349
ISSN2358-9787
AutoresGleydson André da Silva Ferreira,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoNo presente artigo, Como se estivéssemos em palimpsesto de putas de Elvira Vigna é analisado com base no apagamento feminino e na corrosão subjetiva. Recorre-se à imagem do próprio palimpsesto para o exame proposto. Desse modo, o apagamento ocorre como uma rasura, tornando as mulheres indiscerníveis entre si. Problema suscitado já ao se privar de nome a voz narrativa. Destacam-se, a esse respeito, questões de gênero e de classe, evidenciando assim maneiras distintas de violência conforme o estrato social, em claro prejuízo das prostitutas. Por sua vez, vale-se da corrosão subjetiva para a investigação do contraponto masculino, representado por João. Sua percepção é discutida pelo deslocamento, realizado pela variação do foco narrativo. Detém-se, com isso, em procedimentos composicionais, tratados em sua complexidade formal e temática, a fim de desvelar uma elaboração literária contrastante com o tom despretensioso do romance.
Referência(s)