O TEMPO DA TRANSMISSÃO EM A CHAVE DE CASA, DE TATIANA SALEM LEVY E A RESISTÊNCIA, DE JULIÁN FUKS: PÓS-MEMÓRIA, SEGUNDA GERAÇÃO E HERANÇA
2023; FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS; Volume: 14; Issue: 2 Linguagem: Português
10.20873/uft2179-3948.2023v14n2p41-67
ISSN2179-3948
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoPassados mais de cinquenta anos dos golpes de Estado na América Latina, há um “giro geracional”, nos termos de Leonor Arfuch, na produção contemporânea. Com uma escrita de “segunda geração”, autores e autoras nascidos depois do período histórico, herdeiros dos traumas de outro(s), reabrem o passado histórico e familiar na literatura. Esse é o caso dos romances de Tatiana Salem Levy, A chave de casa, e de Julián Fuks, A resistência, em que autores filhos e filhas de perseguidos durante os períodos militares tomam de assalto a palavra sobre esse passado. Este artigo buscará debater como a literatura lida com esse deslocamento temporal observando, especialmente, como o trauma da violência ditatorial segue produzindo efeitos subjetivos e sociais nas gerações seguintes e de que forma se manifesta literariamente. Também se debruçará sobre a teoria do trauma e as transmissões dos eventos traumáticos às gerações seguintes.
Referência(s)