Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Simulação in situ e suas diferentes aplicações na área da saúde: uma revisão integrativa

2023; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 47; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/1981-5271v47.4-2022-0196

ISSN

1981-5271

Autores

MARCOS MACIEL CANDIDO JUSTINO DOS SANTOS, Sara Fiterman Lima, Carine Freitas Galvão Vieira, Alexandre Slullitel, Elaine Cristina Negri, Gerson Alves Pereira Júnior,

Tópico(s)

Hospital Admissions and Outcomes

Resumo

Resumo Introdução: A simulação in situ (SIS) consiste em técnica de capacitação que ocorre no local real de trabalho como um método relevante para promover a fidelidade ambiental no cenário simulado. Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar o uso da SIS no mundo para compreender sua aplicabilidade na área de saúde. Método: Trata-se de uma revisão integrativa que adotou a seguinte questão norteadora: “Como tem sido utilizada a simulação in situ por profissionais da área da saúde?”. Foram realizadas buscas nas bases PubMed, SciELO, LILACS e Web of Science, com as diferentes combinações dos descritores “simulação in situ”, “saúde” e “medicina” (em português, inglês e espanhol) e os operadores booleanos AND e OR, com utilização de filtro temporal de 2012 a 2021. Encontraram-se 358 artigos, nos quais se aplicaram os critérios de inclusão e exclusão, seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA). Após revisão independente realizada por pares, com o uso do Rayyan, restaram 190 para esta revisão. Resultado: Os resultados mostraram que os Estados Unidos detêm a maioria absoluta das produções (97/51%), seguidos do Canadá, porém com grande diferença numérica (18/9,5%). A maior parte dos trabalhos está escrita em inglês (184/96,8%), é quase experimental (97/51%) e tem equipes multiprofissionais como público-alvo (155/81,6%). Os artigos têm 11.315 participantes e 2.268 intervenções de simulação. Os principais cenários de SIS foram os setores de urgência e emergência (114/60%), seguidos de UTI (17/9%), sala de parto (16/8,42%) e centro cirúrgico (13/6,84%). Os temas mais estudados foram RCP (27/14,21%), Covid-19 (21/11%), complicações do parto (13/6,8%) e trauma (11/5,8%). As vantagens apontadas incluem: atualização profissional e aquisição de habilidades e competências em ambiente próximo do real e de baixo custo por não depender de dispendiosos centros de simulação. Conclusão: Em todo o mundo, a SIS tem sido utilizada por profissionais da saúde como estratégia de educação na área de saúde, com bons resultados para aprendizagem e capacitações de diferentes momentos da formação profissional e com melhora da assistência. Ainda há muito o que expandir em relação ao uso da SIS, sobretudo no Brasil, na publicação de estudos sobre essa abordagem.

Referência(s)