
Injúria renal aguda - perspectivas contemporâneas acerca de sua fisiopatologia, diagnóstico e manejo
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 6 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv6n6-288
ISSN2595-6825
AutoresGeórgia Teodoro Maciel Lopes Valente, Ana Paula Vargas Pontes, Alice Dominguez Dourado, Janaína Dominguez Dourado, João Fellipe Brasileiro Nogueira,
Tópico(s)Dialysis and Renal Disease Management
ResumoA Injúria Renal Aguda (IRA) representa uma condição grave caracterizada por uma rápida deterioração da função renal, resultando em lesão e comprometimento funcional. Este distúrbio é uma síndrome complexa em que o rim desempenha um papel ativo na disfunção de diversos órgãos. A incidência da IRA está em constante aumento, tornando-se uma condição prevalente e significativa em termos de impacto nos custos de saúde em nível global. Apesar de ter múltiplos mecanismos subjacentes, atualmente não há terapia farmacológica eficaz para reverter a lesão já estabelecida. A IRA, associada a uma variedade de causas, desencadeia uma resposta inflamatória que afeta órgãos distantes, aumentando substancialmente o risco de morbidade e mortalidade a longo prazo. A prevalência da condição varia devido a critérios de classificação inconsistentes e disparidades entre países com diferentes níveis de renda. Reconhecer e tratar precocemente a IRA são imperativos, ressaltando a urgência de aprimorar as práticas de detecção, diagnóstico e cuidados em todas as configurações de recursos disponíveis. A IRA é classificada em pré-renal, renal e pós-renal, sendo a lesão pré-renal a forma mais comum. Os mecanismos fisiopatológicos envolvem a ativação do sistema renina-angiotensina, hipoxemia, inflamação e estresse oxidativo. Embora muitos casos apresentem recuperação completa, a IRA pode evoluir para perda de função renal crônica. No tratamento, a ênfase recai na correção de distúrbios associados, como hipercalemia e acidose metabólica. A abordagem contemporânea envolve a identificação e tratamento das causas subjacentes, a eliminação de fatores agravantes e medidas de suporte para manter o equilíbrio hidroeletrolítico. Em situações mais severas, a terapia de substituição renal emerge como uma opção viável.
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