Evolução da osteoporose em pacientes após o início do tratamento em um centro de especialidades médicas
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 6 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv6n6-246
ISSN2595-6825
AutoresCarlos Henrique Novelino de Oliveira, Caroline de Oliveira Pereira, Louise Ferraz Loureiro, Gabriela de Pinho Domingues, Thaís Cristina Calunga, Milena Piccolo Santana, Isabelle Amaro De Magalhães, Glauce Leão Lima, M Cavallero,
Tópico(s)Bone health and osteoporosis research
ResumoIntrodução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a osteoporose é uma doença osteometabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com consequente suscetibilidade a fraturas. É uma das principais doenças responsáveis pela hospitalização, com subsequente evolução até a morte. Conforme estudos, aproximadamente 5% dos indivíduos com fratura de quadril morrem durante a internação, 12% morrem em 3 meses e 20% morrem no ano seguinte à fratura. Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira propensa à osteoporose aumentou de 7,5 milhões para 15 milhões em 20 anos. Por isso, este trabalho torna-se essencial para permitir uma análise da evolução de pacientes com osteoporose após início do tratamento. Objetivo: Identificar e descrever quantitativamente o valor de melhora nos níveis de osteoporose de pacientes atendidos em um centro especializado em osteoporose, a fim de avaliar a evolução da doença após o início do tratamento. Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo e qualitativo. Foram utilizados 55 prontuários médicos da clínica de Metabolismo do Cálcio de um centro universitário de especialidades médicas. Os dados foram coletados de prontuários de pacientes atendidos nesse centro após autorização por meio de termo de compromisso de utilização de dados e aprovação do comitê de ética em pesquisa responsável pelo local. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, presença de fraturas, uso de Alendronato de Sódio 70mg e escore T de densitometria óssea antes e após 5 anos do início do tratamento. Os valores desses escores foram comparados para analisar a evolução da osteoporose dos pacientes. Utilizados testes estatísticos indicados para análise. Resultados e discussão: 98% dos pacientes foram do sexo feminino. A maioria tinha entre 40 e 49 anos. Dos 55 pacientes, 44 utilizaram o bisfosfonato e 11 não o utilizaram, suspenderam por conta própria ou tiveram descontinuidade no tratamento. Em cerca de 34,5% dos casos as fraturas estavam presentes, sendo principalmente nas vértebras com (63%), fêmur (26%) e punho (10%). Em relação à densitometria óssea, a maioria apresentou no momento do diagnóstico valores entre -2,5 e -3. Após o diagnóstico e 5 anos do início do tratamento com Alendronato, os valores no T-score aumentaram para uma média de -1 a -2,5 tanto em coluna vertebral quanto em colo de fêmur. 68% dos pacientes apresentaram melhora (p<0,005). Conclusão: Com base nos dados apresentados, concluiu-se que houve melhora significativa da osteoporose na maioria dos pacientes. A maior parte dos participantes do estudo teve aumento no t-score e ganho de massa óssea após o tratamento quando comparado ao momento virgem de terapias medicamentosas. Diante disso, foi possível estimar de forma numérica que os pacientes que realizaram o tratamento da maneira adequada ou que iniciaram o tratamento de forma precoce para a osteoporose apresentaram ganho de massa óssea na média de cerca de 20%, o que promove redução nos riscos de fraturas, internações hospitalares e óbitos decorrentes dessa patologia. Indica-se uma maior amostragem numérica de pacientes para avaliações aprofundadas no ganho de massa óssea de pacientes com essa patologia.
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