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EDITORAS INDEPENDENTES: CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDIÇÃO DE LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

2023; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 28 Linguagem: Português

10.12957/pr.2023.76599

2317-2215

Marta Passos Pinheiro, Vívian Stefanne Soares Silva, Marcos Roberto Lopes do Nascimento,

Education and Digital Technologies

Neste artigo, propomos uma discussão sobre o campo das editoras independentes, associadas à Liga Brasileira de Editoras (LIBRE), que possuem como linha editorial, predominantemente, a publicação de livros infantis. Como fundamentação teórica, utilizamos os conceitos de campo, capital econômico e capital simbólico adaptados/apropriados da obra de Pierre Bourdieu (1996, 2011 e 2018) por John B. Thompson (2013) para a compreensão do cenário editorial. Por meio de análise dos sites e dos catálogos on-line das editoras, identificamos: a cidade em que se encontram; ano de fundação; quantidade de títulos de literatura infantil; referências a prêmios ou indicações em listas e catálogos legitimados, como o Catálogo de Bolonha; referência a seleções para compras em grande escala, como as governamentais e as realizadas por instituições particulares, como a Fundação Itaú Social e os clubes de livros infantis. Essas informações subsidiaram uma análise panorâmica que nos trouxe como importante resultado a compreensão de uma determinada “lógica do campo”, caracterizada pela estreita relação entre prêmios e vendas em grande escala, para o governo ou programas particulares de compra de livros. Sendo assim, em se tratando dessas produções, observa-se relativa dependência entre capital econômico — obtido com a venda dos livros — e capital simbólico — a qual os prêmios estão relacionados.