
“A IGREJA É UMA PERPÉTUO PENTECOSTES”: A PENTECOSTALIDADE COMO DIMENSÃO FUNDAMENTAL DA IGREJA A PARTIR DA TEOLOGIA LATINO AMERICANA DE VICTOR CODINA
2023; Volume: 3; Issue: 12 Linguagem: Português
10.56083/rcv3n12-041
ISSN2764-7757
Autores Tópico(s)Pentecostalism and Christianity Studies
ResumoO ocidente cristão sofre as consequências de desenvolver a compreensão da igreja enfatizando a obra do “Filho” e relegando a obra do “Espírito” a um papel “coadjuvante” de pouca visibilidade. Preponderantemente preocupa-se com questões – dogmáticas, hierárquicas sem, contudo, buscar o equilíbrio decorrente do pensamento “Trinitário-comunitário”. Nesse aspecto, o que deveria ser “cristológico” por se ocupar em relacionar a “missão do Filho” à “missão do Espírito”, se converte em “Cristomonismo”. É como se o “Filho” se bastasse solitariamente na obra da “salvação”! Para Codina a Igreja deve ser considerada como um “perpétuo Pentecostes”. Esse procedimento implicaria, por exemplo, em assegurar a tensão dialética entre cristologia e pneumatologia, contrariando as tendências de “cristomonismo” do pensamento ocidental. A “Pencostalidade” é uma dimensão fundamental da Igreja em todos os tempos e lugares. Não se limita ao “pentecostalismo” em igrejas protestantes ou mesmo ao “Movimento Carismático” na igreja católica. A “Pentecostalidade” é respeito à diversidade; é criatividade; é espiritualidade que vem dos menos favorecidos ou excluídos da história ou das hierarquias; é denuncia profética; é memória de luta. O “Pentecostes” é mística que desconstrói o dualismo “corpo e alma” e integra o homem ao “mundo”. A igreja, como “perpétuo pentecostes” é livre, como em algumas tradições orientais, para orar “venha a nós teu Espírito”.
Referência(s)