Análise da evolução temporal e da dinâmica da lotação penitenciária na região Sudeste do Brasil: perfil do preso e levantamento dos agravos transmissíveis mais prevalentes
2023; Associação Brasileira de Criminalística; Volume: 12; Issue: 5 Linguagem: Português
10.15260/rbc.v12i5.718
ISSN2237-9223
AutoresMaysa Guilherme Bonfioli, Júlia França Figueredo Coelho, Saulo Nascimento de Melo, Anna Carolina de Moura Costa, Vinícius Silva Belo, Farah Maria Drumond Chequer,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoA realidade penitenciária e o mercado de drogas são problemas importantes ao se considerarem a criminalidade e a segurança pública brasileira, com grande impacto econômico e na saúde. O presente estudo descreve o perfil da população privada de liberdade na região Sudeste do Brasil entre 2009 e 2019, o perfil da população carcerária condenada por crimes relacionados a drogas, conforme a Lei n° 11.343/2006, e as doenças transmissíveis que acometem essa população. Trata-se de um estudo descritivo documental, com base em dados secundários dos relatórios emitidos pelo Sistema de Informação do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN) e pela Polícia Federal sobre a estatística de drogas apreendidas no Brasil. As variáveis estudadas foram sexo, faixa etária, escolaridade, cor, doenças transmissíveis prevalentes no meio penitenciário e a quantidade drogas apreendidas. O Sudeste é a região do país com o maior número de crimes relacionados a drogas e a terceira região com maior taxa de encarceramentos. Nessa região, a população privada de liberdade é majoritariamente do sexo masculino (92,4%), entre 18 e 24 anos (30,0%), de cor parda (41,5%) e com ensino fundamental incompleto (47,0%). A tuberculose foi a doença predominante no ambiente carcerário (30,4%). Destaca-se o aumento da população carcerária de indivíduos condenados por crimes relacionados a drogas e à quantidade de drogas ilícitas apreendidas, com maior proporção a maconha (29,5%), seguida pela cocaína (15,6%). Este estudo contribui para um melhor planejamento de políticas públicas voltadas a essa população, a fim de reduzir problemas sociais associados e evitar maiores danos à comunidade como um todo.
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