Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A técnica de Lichtenstein está sendo utilizada adequadamente nos reparos das hérnias inguinais: análise nacional e revisão da técnica cirúrgica

2023; Brazilian College of Surgeons; Volume: 50; Linguagem: Português

10.1590/0100-6991e-20233655

ISSN

1809-4546

Autores

Bruno Amantini Messias, Pedro Lustre de Almeida, T. Ichinose, Érica Rossi Mocchetti, Cirênio de Almeida Barbosa, Jaques Waisberg, Sérgio Roll, Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro,

Tópico(s)

Anatomy and Medical Technology

Resumo

RESUMO Introdução: estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas sejam submetidas a cirurgia de hérnia inguinal anualmente no mundo, sendo a técnica de Lichtenstein o procedimento cirúrgico mais realizado. O objetivo desse estudo é analisar o conhecimento dos principios técnicos empregados na técnica de Lichtenstein. Método: estudo tipo levantamento interseccional aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário São Camilo (CAAE: 70036523.1.0000.0062). Durante o período da pesquisa foram encaminhados 11.622 e-mails aos membros das principais sociedades cirúrgicas nacionais com uma pesquisa sobre os princípios técnicos da cirurgia de Lichtenstein. A pesquisa foi realizada por formulário eletrônico com 10 questões de múltipla escolha. O formulário foi respondido de forma anônima nas plataformas SurveyMonkey e Google Forms. Resultado: foram recebidos 744 respostas ao formulário eletrônico. Com base nesse número de respondedores, nossa pesquisa apresenta grau de confiança de 95% com margem de erro de 3,5%. Foi observado que não há padronização da técnica entre a maioria dos respondedores (53.4%). Muitos cirurgiões ainda fazem dissecção digital do funículo espermático (47%). Um pequeno número de entrevistados (15,2%) realizam sutura com fio absorvível na região da aponeurose do obliquo interno, enquanto, mais da metade (55,2%) continua fazendo sutura com fio inabsorvível. A maior parte dos cirurgiões utilizam overlap pequeno ou fixam a tela justaposta a sínfise púbica (51%). Conclusão: nossa pesquisa identificou que uma porcentagem pequena dos entrevistados conhecem adequadamente os princípios técnicos da cirurgia de Lichtenstein. O resultado nos traz novas percepções sob a necessidade de revistar a consagrada técnica de Lichtenstein.

Referência(s)