Artigo Acesso aberto Produção Nacional

MAPEAMENTO DE QUEIMADAS COMO SUBSÍDIO À GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO CERRADO: O CASO DO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS (MG - BRASIL)

2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 24; Issue: 96 Linguagem: Português

10.14393/rcg249668866

ISSN

1678-6343

Autores

Shayene Bernardo Dutra, Francielle da Silva Cardozo, Gabriel Pereira, Guilherme Mataveli, Gustavo Domingos Zanin,

Tópico(s)

Environmental and biological studies

Resumo

No Cerrado, a ocorrência de queimadas é alta e frequente devido à supressão da vegetação nativa para a expansão agrícola, atividades agropecuárias e incêndios associados à fenômenos naturais. Assim, esta pesquisa realizou o mapeamento multitemporal das queimadas no Parque Nacional das Sempre-Vivas (MG) e áreas adjacentes, com área total de 1241,06 km², localizado nos municípios de Olhos d’Água, Bocaiúva, Diamantina e Buenópolis. Para isso, foram utilizados sensores remotos Thematic Mapper (TM) do Landsat-5, Operational Land Imager (OLI) do Landsat-8 e o Linear Imaging Self-Scanner (LISSIII) do Resourcesat-1 para o mapeamento das áreas queimadas entre 1985 e 2019. As queimadas foram analisadas em conjunto com dados de precipitação e dados de uso e cobertura da terra para estabelecer as relações entre queimadas e condições meteorológicas/uso e cobertura da terra. Os resultados mostram que ocorreu aumento de 14% na ocorrência de queimadas nesses 34 anos e uma redução de 48% em relação aos anos anteriores à criação do parque, em 2002. E ainda, mostram que a Formação Savânica, Formação Campestre, Pastagem e Formação Florestal foram afetadas por queimadas nos últimos 34 anos, totalizando 2.369,41 km², 1.108,87 km², 502,63 km² e 198,35 km², respectivamente. Este estudo pode auxiliar na elaboração de um plano de ações que inclua a comunidade local no planejamento e na gestão do Parque, a recuperação de áreas queimadas e o controle dos incêndios nestas áreas.

Referência(s)
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