Rápida evolução do ambiente marginal às geleiras do setor leste do Campo de Gelo Warszawa, Ilha Rei George, Antártica Marítima
2022; Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (ABEQUA); Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/abequa.v13i1.58517
ISSN2176-6142
AutoresCleiva Perondi, Kátia Kellem da Rosa, Rosemary Vieira, Jefferson Cárdia Simões,
Tópico(s)Cryospheric studies and observations
ResumoO objetivo deste trabalho é investigar a evolução geomorfológica das áreas livres de gelo associadas às geleiras Ecology, Sphinx, Baranowski, Tower e Windy, da margem leste do campo de gelo Warszawa, ilha Rei George (IRG), Shetlands do Sul, Antártica Marítima (62°12’0” S - 58°30’0” W). Com base nas feições morâinicas encontradas através de análise visual em imagens Sentinel-2 de 2017 e WorldView-2 de 2014, gerou-se o mapeamento geomorfológico das áreas marginais ao gelo (atuais ambientes proglaciais e reconstrução das áreas do passado) e a reconstrução das fases de estabilização frontal das geleiras da área de estudo. Foram evidenciados três estágios de evolução do processo de retração das geleiras e formação do ambiente proglacial. No estágio atual (III) há processos paraglaciais intensos com a exposição recente de formas de relevos deposicionais glaciais relacionadas a um ambiente proglacial marginal ao gelo. No estágio II, há uma sucessão do ambiente proglacial marginal ao gelo para um ambiente distal, as formas de relevos deposicionais proglaciais estão retrabalhadas e ainda há o desenvolvimento de drenagem glaciofluvial. No estágio I há o início da sucessão do ambiente proglacial distal e paraglacial para o periglacial e muitos lagos perdem conexão com a drenagem glaciofluvial. O ambiente formado no estágio III é geomorfologicamente mais dinâmico e formado nas últimas duas décadas (2000-2017). Inferiu-se que as geleiras fluíam para a Baía do Almirantado, sendo todas de término de maré com a modificação de sua configuração de término para terrestre, exceto a geleira Ecology que atualmente possui término misto. A topografia do embasamento rochoso mostrou influenciar a disposição espacial das geleiras durante a retração e a evolução geomorfológica.
Referência(s)