Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Paisagem do esquecimento na fronteira

2023; Núcleo de Editoração da PUC Campinas; Volume: 20; Linguagem: Português

10.24220/2318-0919v20e2023a5833

ISSN

2318-0919

Autores

Lorena Maia Resende, Vera Regina Tângari, Alex Assunção Lamounier,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

O presente estudo se originou dos debates promovidos pela disciplina "Arquitetura da Paisagem", da Pós-Graduação em Arquitetura da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro, acerca das formas de apreensão da paisagem, especialmente da paisagem do esquecimento. O objetivo deste artigo é aplicaros critérios de avaliação e análise que identifiquem os tipos morfológicos no recorte do esquecimento, mediados pelas metodologias de Unidade de Paisagem e dos critérios de avaliação morfológica. APaisagem do esquecimento escolhida se localiza nas cidades-gêmeas de Jaguarão e Rio Branco na fronteira Brasil-Uruguai, sendo o rastro do antigo conjunto ferroviário o protagonista na definição das Unidades de Paisagem. A análise das distintas formas de apagamento da antiga linha férrea, que conectavaessas cidades-países desde 1932, denunciam os conflitos de ordem ambiental, social e urbana. A relação da dinâmica ferroviária carrega um imaginário em comum de sons, aromas e visuais que marcam a paisagem e a lembrança de determinado povo, possibilitando ler os rastros como pontos de resistência. A compartimentação da paisagem ao considerar não só os fatores geobiofísicos, mas tambémas dinâmicas regionais de uso e ocupação do solo imbricadas por fatores históricos, sociais, econômicos, culturais, políticos, garantiu o aprofundamentosobre as potencialidades e os conflitos territoriais, como: a fragmentação da paisagem, descontinuidade do desenho urbano, criação de áreas ociosas,o predomínio do abandono e algumas privatizações de uma memória coletiva.

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