Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Aprender a Saber Parar – Caso Clínico sobre Gestão Familiar

2023; Volume: 4; Linguagem: Português

10.61415/riage.75

ISSN

2795-5559

Autores

Maria Santos, Tiago Tavares, Dora Monteiro,

Tópico(s)

Healthcare during COVID-19 Pandemic

Resumo

Quedas em idosos são comuns e das principais causas ameaçadoras da independência e qualidade de vida. Estas ocorrem habitualmente quando há compromisso de múltiplos domínios da saúde, e estão associadas a morbimortalidade significativa, pelo que é necessário prevenir e otimizar os fatores de risco para complicações. Mulher de 93 anos com antecedentes de Diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, doença renal crónica estadio IV-V, demência de Alzheimer (com predomínio de alucinações visuais e auditivas), e parcialmente dependente para as atividades de vida diária. Da medicação habitual destaca-se apixabano 2.5mg, apesar de não ter diagnóstico aparente para o seu uso. Em 2022 teve queda da própria altura com fratura de quatro arcos costais, que complicou com hemopneumotórax, episódio de hipoglicemia grave, alucinações visuais e auditivas durante o internamento. Após o internamento, em contexto de reunião familiar, foi discutida a necessidade de otimizar a terapêutica, tendo em conta a medicação da doente e seus riscos/benefícios. Foi tomada a decisão de aumentar a dose de quetiapina, suspender anticoagulante oral, reduzir toma de insulina. Foi também feito reforço das medidas para prevenir quedas. A maioria dos idosos após um evento agravante do seu estado geral, têm limitado o potencial para voltar ao estado prévio. Por isso, é importante tomar decisões que sejam confortáveis e ajustados ao estado geral. Apesar de ainda ser possível otimizar os cuidados desta mulher, fazer essa tomada de decisão em conjunto com os cuidadores, fortalece a confiança nos cuidados e na relação médico-doente.

Referência(s)