Artigo Acesso aberto

Cultura indígena Jenipapo-Kanindé: o caso da mandioca

2023; Volume: 3; Issue: 1 Linguagem: Português

10.30612/riet.v3i1.15403

ISSN

2676-0355

Autores

Wellington Ferreira de Freitas Filho, Josemar Adelino de Farias Júnior, María Esther Martínez Quinteiro,

Tópico(s)

Indigenous Health and Education

Resumo

A etnia Jenipapo-Kanindé, que é descendente dos indígenas Payaku, possuem cerca de 328 habitantes e residem na Terra Indígena Lagoa da Encantada, localizada no território do município de Aquiraz, Ceará, Brasil. Perderam seu idioma materno e falam a língua portuguesa, com ­fortes influências dos dialetos de outras tribos do Nordeste. Quebrando o ciclo de sociedade patriarcal, a primeira mulher foi eleita por meio de votação popular de seu povo e se tornou a primeira cacique do Brasil. Abundante em terras indígenas, a mandioca possui grande rusticidade e imensa capacidade de adaptação a condições desfavoráveis de solo e clima. O tubérculo, pode ser chamado de macaxeira ou aipim, dependendo da região de consumo e representa uma das culturas mais importantes para alimentação dos índios sul-americanos. Temos como objetivo apresentar a história da cultura Jenipapo-Kanindé bem como o cultivo da mandioca, o modo de consumo e a obtenção de renda por meio da comercialização de itens produzidos pela etnia. Utilizamos como base metodológica a descrição densa de Geertz para desenvolver uma revisão narrativa de literatura de natureza qualitativa. Portanto, partimos da hipótese que a mandioca, além de fornecer recursos nutritivos de base energética para a comunidade, também continua sendo o maior gerador de obtenção de recursos por parte desta, assim como acontece na maioria das comunidades indígenas do Nordeste do Brasil.

Referência(s)