Análise de dinâmica da cobertura do solo como ferramenta para o planejamento e a gestão ambiental na microbacia Rio dos Sonhos, Amazônia, Brasil
2023; Editora Univates; Volume: 20; Issue: 11 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv20n11-002
ISSN1983-0882
AutoresMarielly Tavares De Sousa, Neirivaldo Rios Souza, Iranildo de Andrade Almeida, Francisco Adílson dos Santos Hara, João Ânderson Fulan, Kalline de Almeida Alves Carneiro, Renato Francisco da Silva Souza, Emanuel Maia, Gean Paulino Montagnolli, João Marcelo Silva do Nascimento, Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro, João Batista Belarmino Rodrigues, Jhony Vendruscolo,
Tópico(s)Soil erosion and sediment transport
ResumoO estudo da dinâmica espacial e temporal da cobertura de solo tem grande importância para inferir os impactos causados pela interferência humana nos recursos naturais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar a dinâmica espacial e temporal cobertura do solo na microbacia e zona ripária do Rio dos Sonhos. Para a aquisição dos dados e elaboração dos mapas de cobertura de solo, foram utilizadas imagens dos satélites Landsat 5 (1984 e 2008) e Landsat 8 (2015 e 2023) e o software QGIS 2.10.1. A microbacia tem área de 5,96 km2, e no período de 1984 a 2023, houve uma diminuição drástica da área de floresta nativa, passando de 93,62% para 13,59% da área total, por outro lado, ocorreu grande avanço da agropecuária, que passou de 6,38% para 84,23% da área total. A área de espelho d’água foi identificada no ano de 2008 (0,03 km2), e aumentou constantemente até 2023 (0,13 km2) em função da construção de reservatórios, os quais visavam o desenvolvimento de atividades de piscicultura e/ou dessedentação de animais. A zona ripária tem área de 0,93 km2, e sua dinâmica de cobertura do solo é bem parecida com a dinâmica da cobertura na microbacia, assim, no último ano em estudo, predominavam a agropecuária e a floresta nativa (60,21% e 30,11% da área total, respectivamente). Conclui-se que, atualmente (2023) a área de agropecuária ocupa 84,23% da área da microbacia e 60,21% da área da zona ripária, confirmando o potencial para o desenvolvimento destas atividades na região, assim como o comprometimento dos recursos naturais, com destaque para os recursos hídricos. Esse cenário é preocupante pois confirma o risco a escassez hídrica, e a importância da adoção de práticas conservacionistas integradas para reduzir o impacto antrópico nos recursos naturais, e consequentemente, para redirecionar as atividades humanas rumo ao desenvolvimento sustentável.
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