O público e o privado em curto-circuito
2023; Volume: 3; Issue: 6 Linguagem: Português
10.51924/revthesis.2023.v3.418
ISSN2447-8679
Autores Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoNo final dos anos 1960, auge da repressão no período da ditadura militar, as produções artísticas e arquitetônicas no Brasil atingem uma radicalidade ímpar. A arquitetura brutalista da chamada “Escola Paulista”, liderada por Vilanova Artigas, passa a realizar obras residenciais austeras e obscuras, com pouca intimidade e privacidade, concebidas como se fossem equipamentos públicos. Ao mesmo tempo, o artista carioca Hélio Oiticica começa a construir seus trabalhos ambientais, nos quais a inclusão do corpo do espectador-participante promove uma grande subjetivação dos espaços públicos (museus e galerias) nos quais se instala. Tomando-se essas duas trajetórias comparativamente, percebemos que as linhas mestras das produções artística e arquitetônica no Brasil seguem caminhos opostos. Por outro lado, se equivalem no sentido de tensionar a linha de separação entre as esferas pública e privada.
Referência(s)