O raciocínio geográfico tem lugar num currículo progressista? Para começar um debate sobre a revisão da BNCC

2022; COLÉGIO PEDRO II; Volume: 9; Issue: 18 Linguagem: Português

10.33025/grgcp2.v9i18.4019

ISSN

2358-7067

Autores

Ana Angelita Rocha,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

O presente texto é resultado das minhas inquietações sobre a teoria curricular e o ensino de geografia. A minha proposta tenciona o debate sobre conhecimento escolar à luz da teoria política, a partir da discussão de antagonismo empreendida por Ernesto Laclau e seus interlocutores (2000; 2005a). Com essa costura teórica, o artigo defende que a revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se torna uma agenda prioritária num cenário democrático. Para sustentar este argumento, busco interlocutores de língua inglesa que já problematizaram os limites e as potências de metáforas organizadoras do currículo, como o raciocínio geográfico. Nessa direção, vejo a relação entre o conhecimento escolar e a abordagem da teoria política como chave de interpretação das reformas curriculares em escala nacional e global. A hipótese deste texto opera com a desconfiança de que o raciocínio geográfico induz um protagonismo que desloca para a margem do currículo algumas tradições do ensino da Geografia muito caras para a pauta da comunidade disciplinar e para a crítica da sociedade com regime conservador e autocrático.

Referência(s)