Paucibacilar ou multibacilar? uma contribuição para os serviços de saúde
1996; Volume: 21; Issue: 2 Linguagem: Português
10.47878/hi.1996.v21.36473
ISSN1982-5161
AutoresVera Lúcia Gomes de Andrade, Tadiana Alves Moreira, João Carlos Regazzi Avelleira, Alfredo Boechat Marques, Manuel Bayona,
Tópico(s)Medical Malpractice and Liability Issues
ResumoA principal conseqüência de uma incorreta classificação operacional refere-se aos pacientes MB quando classificados como PB. Esse trabalho tem como proposta estudara aplicabilidade das recomendações da Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária/Ministério da Saúde (CNDS/MS) quanto aos procedimentos para a classificação operacional comparando primeiro os procedimentos para a classificação operacional efetuados pelo Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária -IEDS (Centro de referência) com o recomendado pela CNDS/MS. A seguir compara-se a classificação executada pelo IEDS, padrão ouro, com dois diferentes cenários de serviços de saúde do pals e finalmente compara-se os procedimentos da CNDS/MS com os realizados pelos técnicos de saúde do Estado de São Paulo. Esta última comparação foi realizada para demonstrar o grau de aderência dos serviços de saúde do Estado de São Paulo com os procedimentos recomendados pela CNDS/MS. A discordância observada entre a classificarão do IEDS e a preconizada pela CNDS/MS é de 3,5% por conta dos casos dimorfos e indeterminados. Se o resultado da baciloscopia fosse o único critério de alocação, 20% dos MB seriam classificados e tratados como PB, e dos PB 5% seriam tratados como MB. Se o teste com Mitsudina fosse usado como critério isolado dos MB 19% seriam classificados e tratados como PB. Nos PB, 10% seriam tratados como MB. A comparação da classificação do Estado de São Paulo contra a CNDS mostrou uma concordância de 95,8%. Os resultados apontam no sentido de que as recomendações da CNDS/MS contituem-se num método de classificação de casos que prescinde de grande variedade dematerial de consumo, de equipamentos ou técnicasmais elaboradas permitindo que o profissional no nível local decida com segurança se os pacientes são MB e ou PB além de serem plenamente aplicáveis numa grande rede de serviços públicos.
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