Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A REMINISCÊNCIA COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA NA COMUNICAÇÃO DE PESSOAS IDOSAS EM CUIDADOS PALIATIVOS

2024; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português

10.56083/rcv4n1-042

ISSN

2764-7757

Autores

Karla Carolline Barbosa Dote, Ediney Linhares Da Silva, Emanuelly Mota Silva Rodrigues, Eduardo Cipriano Carneiro, Maria Aparecida do Nascimento Da Silva, Elisalda Maria Gomes Oliveira,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

Introdução: A população idosa está crescendo a cada ano e com isso, a Fonoaudiologia Paliativista está voltando seu olhar diferenciado para esta população, principalmente quando se aborda sobre a saúde mental geriátrica, promovendo qualidade de vida e bem-estar. Dentre as estratégias terapêuticas utilizadas na comunicação, destaca-se o uso da memória afetiva, através de resgaste da trajetória de vida, promovendo o resgate da autonomia, identidade e sociabilidade, utilizando-se a reminiscência como balizador. Objetivo: relatar o uso da reminiscência como estratégia fonoaudiológica na comunicação de pessoas idosas em Cuidados Paliativos (CP). Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo, em formato de relato de experiência. Os atendimentos foram realizados três vezes por semana, no período vespertino, durante os meses de julho a outubro de 2022, no domicílio da paciente, na cidade de Fortaleza – CE. Utilizou-se álbuns de fotografias como ponto inicial, cujo plano terapêutico foi traçado a fim de ser trabalho com a idosa. Resultados e Discussão: a terapia de reminiscências é uma abordagem terapêutica centrada na pessoa, havendo valorização da trajetória de vida e que mobiliza os recursos cognitivos que se mantém preservados. Os objetivos terapêuticos versavam sobre estimular a paciente a se comunicar, criando assim resgate das memórias, estímulos à categorização de objetos e descrição das cenas retratadas. A memória autobiográfica está preservada no envelhecimento saudável e para o idoso em CP configura-se como um momento de resgate de sua identidade, autoestima e individualidade. Considerações Finais: ao usarmos um objeto de lembranças afetivas, a longeva sentiu-se acolhida e mais interessada em interagir com o meio ambiente. O uso das reminiscências trouxe o estímulo à comunicação, estimulando a neuroplasticidade e a reserva cognitiva, com isso proporcionou a satisfação com a vida, a independência para executar novamente pequenas atividades e culminou em resgate de autoestima e qualidade de vida.

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