A expressão de Metiltransferases na Degenerescência macular da idade: potencial biomarcador (IPL/2022/MetAllAMD_ESTeSL)
2024; Volume: 5; Issue: Supii Linguagem: Português
10.51126/revsalus.v5isupii.735
ISSN2184-836X
AutoresPedro Camacho, Edna Ribeiro, Bruno Pereira, Catarina Ginete, João Nascimento, Sandra Barrão, José Henriques, Paulo César Pires Rosa, Cidália Raposo, A. Filipa Almeida, Rosa Fernandes, Sílvia Sadio, Carina Silva, Miguel Brito,
Tópico(s)Retinal Imaging and Analysis
ResumoIntrodução: Apesar dos recentes avanços no tratamento da degenerescência macular da idade (DMI) neovascular (nDMI), a falta de opções terapêuticas para as formas não avançadas (cerca de 90%) e para as formas atróficas avançadas (Corradetti et al., 2021) reforça a necessidade de identificar potenciais biomarcadores como estratégia de saúde pública. (More, Almuhtaseb, Smith, Fraser, & Lotery, 2019) A abordagem multimodal, com o apoio da histologia, tem sido importante na procura de potenciais biomarcadores de AMD. Fatores genéticos têm também sido considerados relevantes, no entanto com apenas 40–60% de correlação com a doença (Fritsche et al., 2014). Por outro lado, a associação com biomarcadores de imagem não invasivos é ainda limitada. Objetivos: Com a crescente importância e impacto da epigenética, o estudo MetAllAMD teve como objetivo caracterizar a expressão génica de modeladores epigenéticos (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) em todos os estádios da DMI e estudar a correlação com os novos biomarcadores de imagem. Material e Métodos: Um total de 14 doentes com DMI, com idades compreendidas entre os 59 e os 90 anos, foram incluídos prospectivamente neste estudo. Os participantes foram classificados em DMI precoce/intermédia (iDMI) e DMI avançada (aDMI). Apenas os casos com um exame oftalmológico completo, fundo de olho digital 133º a cores e avaliações SD-OCT foram incluídos. Através de PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR) procedeu-se à quantificação da transcrição de genes moduladores epigenéticos, nomeadamente, DNA methyltransferases (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) a partir do RNA total dos grupos descriminados. Resultados: Os participantes com aDMI apresentaram uma acuidade visual inferior (p=0,001) ao grupo com iDMI embora sem alterações significativas ao nível da espessura central da retina nem da espessura mínima da fóvea. Na quantificação da transcrição de modeladores epigenéticos verificou-se uma diminuição da DNMT1 (p=0,003), DNMT3A (p=0,004) e DNMT3B (p=0,004) no grupo aDMI. Conclusões: A variação do padrão de expressão de DNA methyltransferases surge alterada nas diferentes fases da DMI podendo constituir um potencial biomarcador a estudar numa das principais causas de cegueira.
Referência(s)