
ENTRE O DITO E O NÃO DITO: LUGARES OCUPADOS POR MULHERES INDÍGENAS NAS CAPITANIAS DO NORTE (XV E XVI)
2024; Volume: 12; Issue: 29 Linguagem: Português
10.4013/rlah.2023.1.7
ISSN2238-0620
Autores Tópico(s)History of Colonial Brazil
ResumoAs mulheres indígenas foram importantes agentes de contato no mundo colonial e suas experiências históricas possuem especificidades que estão para além da subalternização enquanto mulheres e indígenas. Vê-se nas crônicas coloniais aspectos marcantes das concepções, a partir de olhares masculinos e etnocêntricos, dos viajantes quanto às mulheres indígenas. Embora cada uma tenha sido produzida com determinada finalidade, deixam marcas desses olhares normalizados que são parte da construção de uma aceitação imagética dos caminhos problemáticos da participação da mulher indígena na formação do Brasil. O presente trabalho volta-se de forma crítica sobre trechos das produções de cronistas clássicos como Pero de Magalhães Gândavo (1576), Gabriel Soares de Souza (1587), Claude d’Abbeville (1614) e historiografias como Joaquim Norberto de Sousa e Silva em Brasileiras Célebres (1862) e Casa Grande & Senzala (1933) de Gilberto Freyre. Com a análise guiada a partir dos conceitos de agência, protagonismo indígena e gênero como categoria de análise histórica. Por mais que sejam fontes já exploradas em outras pesquisas, revisitá-las e observar a partir de novas dimensões, faz com que outras realidades sejam expostas.
Referência(s)