Divergência genética entre acessos de batata-doce (Ipomoea batatas L.) por meio de descritores morfológicos e bromatológicos
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.55905/oelv22n1-162
ISSN1696-8352
AutoresJoão Carlos Cansian, Vinícius Alves Porto Rodrigues, Rafael Galvão de Almeida, Alexandre Cristiano Santos Júnior, José Dias de Souza Neto, Talles de Oliveira Santos, Cíntia dos Santos Bento, Jardel Oliveira Santos, Monique Moreira Moulin,
Tópico(s)Banana Cultivation and Research
ResumoA batata-doce é um alimento que possui uma considerável importância socioeconômica, pois além de ser uma ótima fonte de carboidratos, em especial às populações mais carentes, também é cultivada principalmente por pequenos produtores. Entretanto, nas últimas décadas houve grandes perdas de variabilidade genética em diversas culturas alimentares em razão do intenso êxodo rural e das significativas mudanças de hábito de consumo alimentar. A batata-doce é uma das culturas que vem sofrendo um intenso processo de erosão genética. Neste sentido, bancos de germoplasma são importantes para a conservação dos genótipos. Além disso, as caracterizações morfológicas e bromatológicas são meios válidos para estimar a variabilidade genética da cultura da batata-doce, sendo considerados métodos baratos e eficientes. Diante disso, este trabalho teve como objetivo realizar um estudo da variabilidade genética de 38 acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma (BAG) do Ifes Campus de Alegre, coletados no estado do Espírito Santo, a partir de características morfológicas e bromatológicas. Os acessos foram cultivados no Setor de Agroecologia do Ifes Campus de Alegre, e em seguida, foram avaliadas oito características bromatológicas e 18 morfológicas. O agrupamento dos acessos foi obtido pelo método Unweighted Paired Group Method using Arithmetic averages (UPGMA). O dendrograma resultou na formação de dez grupos, porém os grupos III, V, VII e X se destacaram por possuírem características diferenciadas, a saber: os grupos III e V apresentaram os melhores aspectos nutricionais; o grupo VII demonstrou características morfológicas peculiares, como ter acessos com cor da polpa laranja intensa (IFES 39) e roxa intensa (IFES 27); e o grupo X exibiu o maior teor de cinzas e também raízes com as maiores dimensões. Tanto a caracterização morfológica quanto a bromatológica disponibilizaram informações valiosas sobre o BAG, o que permite ofertar aos produtores e ao mercado consumidor acessos de batata-doce conforme suas necessidades e finalidades, promovendo de forma indireta a conservação da espécie. Desta forma, é possível inferir que os pequenos produtores rurais do sul do estado do Espírito Santo mantêm materiais tradicionais com significativa variabilidade genética.
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