
UMA DISTOPIA DO PRESENTE? O FUTURO EM A EXTINÇÃO DAS ABELHAS DE NATALIA BORGES POLESSO
2023; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 22 Linguagem: Português
10.12957/abusoes.2023.75159
ISSN2525-4022
Autores Tópico(s)Borges, Kipling, and Jewish Identity
ResumoEste artigo tem o objetivo de discutir as representações de futuro em A extinção das abelhas (2021), de Natalia Borges Polesso. Parte-se da hipótese de que o mais recente romance da autora aponta para mudanças na estrutura temporal da história na contemporaneidade. Refletindo sobre uma extensão do presente na narrativa, construída por uma repetição contínua de ações, argumenta-se que a futuridade está associada ao movimento da protagonista, Regina, e de sua mãe Lupe. Porém, esse futuro não denota uma possibilidade de progresso, mas é calcado num adiamento do fim (o colapso final) e num desejo por um horizonte inédito e imprevisível. Por último, busca-se discutir o papel das noções de futuro e presente, relacionados à movimento e à estagnação, respectivamente, na construção das personagens Regina e Lupe e no desenvolvimento do enredo.
Referência(s)